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sábado, dezembro 7, 2024
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Embratur e MRE definem ações para melhorar fluxo turísticos

Governo brasileiro considera demandas do setor empresarial para buscar o aumento da competitividade no turismo

A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) aproveitaram a realização da Feira de Turismo Internacional (FIT) em Buenos Aires, nesta semana, para acertar estratégias no sentido de aumentar o fluxo turístico entre os países vizinhos e o Brasil. Os integrantes do governo brasileiro também debateram e acolheram sugestões de lideranças empresariais do setor visando mais conforto para esses visitantes internacionais.

“Nosso esforço será no sentido de trazer ainda mais turistas do que os 2 milhões que vieram na temporada passada. Mas não adianta o estrangeiro vir e não conseguir desfrutar nossos maravilhosos destinos. É preciso melhorar a infraestrutura”, comentou o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz. Um dos principais problemas levantados pelas lideranças do trade foi a demora para atendimento na alfândega brasileira para os turistas argentinos, uruguaios e paraguaios que procuram o litoral brasileiro e chegam ao País por meio terrestre.

“Tivemos relatos de viajantes que demoram oito horas para cruzar a fronteira. Temos que melhorar isso”, afirmou o embaixador Sergio Danese, que assumiu recentemente a Embaixada do Brasil na Argentina. Uma das soluções para o problema, no entendimento dos empresários, seria firmar convênios de cessão de efetivos, entre as Polícias dos estados onde existem fronteiras e a Polícia Federal, para que sejam abertos novos postos de controle.

A Embratur também se posicionou de forma favorável a uma modificação na legislação no sentido de que o Congresso Nacional aprove o ingresso de cidadãos dos Estados Unidos por período específico na região de Foz do Iguaçu, um dos principais destinos turísticos dos brasileiros. Com o fim da obrigatoriedade do visto para norte-americanos na Argentina, o movimento turístico aumentou muito no País vizinho, mas o Brasil não se beneficia por esse fluxo.

“O norte-americano que vem conhecer as Cataratas do Iguaçu do lado argentino não pode passar para o lado brasileiro por conta da necessidade do visto. Essa pequena mudança poderia trazer um grande ganho para a economia de Foz do Iguaçu”, comentou o secretário geral do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Foz, Gilmar Piolla. A Argentina passou a não exigir o visto de entrada para norte-americanos no final de 2015. Nos três primeiros meses de 2016 o movimento turístico naquele País teve um incremento de 25% em relação ao mesmo período no ano anterior.

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