O governo deve impor regras para atrair as concessionárias e afastar os “azarões” que venceram o último leilão. Novo pacote de concessões deve incluir Galeão (RJ) e Confins (MG).
A Concessionária interessada em assumir aeroportos brasileiros, deverá ter no mínimo, entre cinco e dez anos de experiência em controle e gestão de terminais que receberam pelo ao menos 40 milhões de passageiros por ano. A regra constará no novo pacote de concessões de aeroportos á iniciativa privada, segundo uma fonte do governo. O Plano de investimento está em fase final de discussão no Palácio do Planalto, faltando, por exemplo, a definição dos preços mínimos do leilão.
O anúncio deverá ocorrer nos próximos dias. “A Diretriz é a de qualificar os grupos para a gestão de aeroportos”, declarou recentemente o presidente da EPL – Empresa de Planejamento e Logística, Bernardo Figueiredo.
PRÓXIMOS DA FILA
Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Belo Horizonte, encabeçam a lista, mas há a expectativa de que sejam concedidos também aeroportos de médio porte, como os de Goiânia (GO) e Vitória (ES).
A exigência foi a saída encontrada pelos técnicos da SAC – Secretaria de Aviação Civil), e da Infraero depois de a presidenta Dilma Roussef demonstrar contrariedade com as vencedoras do leilão de Viracopos, em Campinas; Guarulhoes em São Paulo e Juscelino Kubitschek em Brasília.
Assumiram os três terminais, grupos privados da Africa do Sul, França e Argentina, respectivamente, que sequer figuram entre os 30 maiores do mundo no setor.
INFRAERO FICA
Alvo de desagrado dos grupos estrangeiros no leilão feito em fevereiro, a participação da Infraero na sociedade deverá ficar inalterada nos próximos contratos: 49%.
A mudança nas regras da concessão tem uma motivação. O governo esperar atrair nesta fase grupos internacionais experientes como alemã Franport, a francesa Aeroports de Paris, a britânica BAA e a holandesa Schipol.