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A transferência de aeroportos importantes para grupo privados poderá trazer impactos na aviação regional. Por isso, o governo prepara um plano de negócios que tem o provisório nome de PAC dos Aeroportos de Médio e Grande Porte. Hoje a Infraero administra 66 aeroportos e a maioria dá prejuízos. Ao abrir mão dos terminais lucrativos, a receita tende a cair, uma vez que dependera´exclusivamente dos repasses obrigatórios ao Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil), bancados pelos consórcios que assumiram os três primeiros aeroportos.
Confins e Galeão arrecadam todos os anos R$ 100 milhões, principalmente com taxas de embarque. O dinheiro é suficiente, por exemplo para saldar dívidas em 39 terminais regionais segundo a estatal.
A união está disposta a abrir os cofres com investimentos em R$ 1 bilhão para melhorar as estruturas dos terminais. Deverá também reduzir as alíquotas do querosene de aviação.
Há uma preocupação da presidente Dilma Roussef com o setor, que atende hoje a 79% da população em 62% dos municípios. Em vez de estimula a concorrência, as rotas regionais tem sido um gargalo. Em 2010, 14 companhias mantinham vôos regulares para as cidades menores, com até 200 mil habitantes. Hoje, são apenas quatro. Em apenas 24 meses, 10 empresas aéreas fecharam as portas ou se fundiram com as gigantes do setor. O governo espera ter vôos regulares para 90% das cidades brasileiras até 2016,. Ainda segue indefinido se o plano de aviação regional será anunciado juntamente com o novo modelo de concessões de aeroportos.
