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sexta-feira, dezembro 6, 2024
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Abaeté recebe representantes do Senai Cimatec, parceiros do Parque Tecnológico Aeroespacial

Visita apresentou a empresa, sua estrutura, diferenciais e lacunas no mercado de aviação baiano

Nesta semana, uma comissão de representantes do projeto do parque tecnológico aeroespacial visitou a sede da Abaeté Aviação para conhecer e entender como o Parque poderá contribuir com o desenvolvimento do setor. Foi feita uma apresentação institucional da empresa abordando sua trajetória ao longo dos 45 anos de existência, além da parte de treinamentos de pilotos e manutenção das aeronaves.

“O projeto do Parque Tecnológico Aeroespacial deverá ser um vetor de expansão e consolidação da cultura aeronáutica no estado”, defende Tiago Tosto, sócio da Abaeté. Segundo ele, existe muita sinergia entre o setor e o Senai Cimatec, que poderá contribuir com a formação de profissionais e o fomento ao desenvolvimento de novas empresas, serviços e soluções que alimentem a cadeia produtiva do setor. “Estamos dispostos a abrir portas para contribuir com esse processo com nossa expertise e estrutura, recebendo futuros estudantes, treinando profissionais, etc”, defende Tosto.

Cadeia produtiva

Segundo André Oliveira, superintendente de Novos Negócios do Senai Cimatec, com mais de 890 m² de área, o objetivo é que o Parque Tecnológico Aeroespacial fomente toda a cadeia, desde fabricação até manutenção. Já estão avançadas conversas com a Embraer, outra entidade muito importante na formação profissional. “Entendemos que esse projeto precisa olhar para o mercado, entender as lacunas e gargalos e se adaptar a este cenário, não o contrário. Queremos provocar a cultura aeronáutica na instituição, nesse sentido, quem sabe daqui a algum tempo estejamos fabricando componentes aeronáuticos e, até mesmo, aeronaves?”, imagina.

Na fala do diretor de manutenção da Abaeté e engenheiro mecânico aeronáutico, Fabrício Valente, mão de obra é uma fraqueza para o setor em todo o país, então essa parceria do Senai é tão importante e promissora. “A manutenção é onde o avião é desmontado peça por peça, logo quanto melhor a formação, desenvolvimento e experiência do profissional, melhores os resultados. E o contato com a realidade do mercado, para além da sala de aula e laboratórios, faz toda a diferença”, defende.

Formação

Na formação do Senai Cimatec, existem trilhas nos cursos de engenharia que incentiva os estudantes a serem empreendedores, acadêmicos ou gestores, preparando-os para os desafios do mercado. E André conta que, por conta do histórico com a cultura aeronáutica, São Paulo tem cerca de 10 mil profissionais trabalhando em função do setor e que, o desejo da instituição é ter cerca de 5 mil profissionais disponível para o mercado, num intervalo de 5 a 10 anos.

O uso de óculos de realidade aumentada e de simuladores de voos cada vez mais reais é uma lacuna na indústria de treinamentos e uma necessidade do setor para o Parque. “O simulador da Abaeté foi fabricado no Brasil e é o único no estado, resultado do nosso investimento em segurança e na formação de profissionais qualificados, pois permite treinar situações que não são possíveis em voo, diz o diretor de Operações, Ricardo Scheible.

A expectativa da Abaeté é a mesma do Parque: implantar e desenvolver a cultura aeronáutica pelo país. “Depois do desenvolvimento da cultura e indústria automotivas, entendemos que chegou a hora de fomentar o nosso setor. É muito difícil trabalhar nessa atividade fora do eixo Rio-São Paulo, então o apoio do Senai Cimatec será muito importante”, finaliza Tosto.

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