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Democracia turística: como queremos viajar agora?

A Organização Mundial de Turismo divulgou em 2023 que o turismo global está saudável e 90% recuperado quando comparado aos níveis anteriores causados pela pausa da pandemia. A agência das Nações Unidas (ONU) revela que cerca de 975 milhões de turistas internacionais viajaram entre janeiro e setembro de 2023, um aumento de 38% em relação ao mesmo período de 2022. Além disso, a organização indicou que a América recuperou 88% de seus visitantes de janeiro a setembro, beneficiando-se da forte demanda dos Estados Unidos, principalmente nos destinos do Caribe.

Esses números não seriam possíveis sem considerar o conceito de democratização do turismo, afirma Martina Dapena Garay, Líder Regional do Cone Sul (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai) da another, a principal agência de comunicação estratégica da América Latina.

Martina observa que hoje existe uma fórmula e interesses globais que conseguiram revitalizar a oferta turística na América Latina: tendências, maior democratização, ofertas, influenciadores, tecnologia e novas formas de turismo resultam em mais pessoas viajando para esses países.

A especialista afirma que a América Latina sempre teve uma grande oferta para estrangeiros e locais, principalmente reconhecida por suas praias, tradições e natureza. No entanto, ela acrescenta que os especialistas em marketing por trás das grandes cadeias hoteleiras devem observar que a indústria está mudando rapidamente devido às novas tendências ou formas de turismo que surgem em resposta às necessidades dos viajantes.

Neste sentido, a líder do Cone Sul compartilha as novas tendências turísticas que convergem na região latino-americana:

Nômades digitais: Trabalham remotamente enquanto exploram o mundo. Esses nômades buscam boas conexões de internet (e humanas) nos lugares que visitam, e têm interesse na cultura local.

Jet Setters: Destinos como o Rio de Janeiro, para experimentar a velocidade de “Velozes e Furiosos: 5 in Control”, ou visitar o Zócalo da Cidade do México durante o Dia dos Mortos para se sentir como James Bond em “007 Spectre”, e até mesmo o novo fenômeno da Netflix, o filme “A Sociedade da Neve”, que foi filmado com algumas cenas em Montevideo, no Uruguai, e com tomadas aéreas na cordilheira dos Andes, no Chile e na Argentina. Esses viajantes se inspiram em tendências culturais e entretenimento midiático, buscando recriar na vida real o que veem na tela e compartilhar suas experiências nas redes sociais.

Turismo espiritual: Viajantes em busca do “zen” ou da reconexão religiosa e espiritual. A América Latina está repleta de catedrais e locais de reflexão, mas esses turistas também querem praticar yoga ao amanhecer em Machu Picchu ou recarregar energias no solstício nas pirâmides maias.

Turismo de festivais: A região latino-americana possui festivais de música únicos, movimentando viajantes de todo o mundo para ouvir suas músicas favoritas. Desde o Lollapalooza, o Festival de Viña del Mar no Chile, até o famoso Rock in Rio.

Turismo esportivo: Desde turistas que lotam estádios em épocas específicas, como a próxima Copa América que atrairá muitos hispânicos nos Estados Unidos e a Copa do Mundo que terá milhões de olhos voltados para México, Estados Unidos e Canadá, até os devotos do futebol que visitam anualmente os estádios da Argentina e do Brasil para homenagear os grandes ídolos do futebol.

Turismo de Silvers: As gerações mais antigas são as que mais têm tempo e orçamento, tendo a oportunidade de se dar luxos como viajar, sair para comer ou participar de eventos culturais. Em sua maioria, os “silvers” ou adultos desfrutam de viagens all-inclusive em grandes cruzeiros pelo Caribe.

Turismo acessível: A acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e deficiências em destinos turísticos na América Latina é bastante relevante. O acesso ao turismo para todos, independentemente das capacidades físicas, é fundamental para qualquer destino.

Turismo LGBTQIA+: A América Latina tem vários destinos LGBTQIA+ visitados pela comunidade nos últimos anos, principalmente por suas praias e locais de relaxamento. Além disso, a região conta com uma grande contribuição econômica do turismo LGBTQIA+.

Turismo alien: O turismo ufológico, de OVNIs ou de extraterrestres é um fenômeno relevante há anos nos Estados Unidos. No entanto, a América Latina também possui destinos para observar ou questionar se estamos sozinhos neste universo em constante expansão.

Martina ainda enfatiza que, para atender a essas demandas em constante mudança, os especialistas em marketing e a indústria do turismo devem se adaptar a essas tendências emergentes. Ela convida a encontrar campanhas com linguagem e conteúdos adequados para atingir essas audiências, nas quais uma equipe e uma agência podem fazer a diferença.

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