Hotéis

A Laghetto desce a Serra, a Rede de Gramado vai investir R$ 480 milhões em 16 novas unidades até 2017

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A belíssima cidade de Gramado, nas Serras Gaúchas, recebe por ano cerca de cinco milhões de turistas. Hospedar essa clientela foi, por mais de uma década, a principal preocupação dos empresários Plínio Hisleni e Ronald Spieker, donos do hotel Laghetto, um dos mais conhecidos da região, fundado em 1989 pelas duas famílias. Em 2005 eles resolveram ampliar o negócio ao abrir uma segunda unidade. Um golpe de sorte, no entanto, levou os empresários a traçarem voos mais altos. Pouco depois da inauguração, o Sesc do Rio Grande do Sul se interessou em comprar o prédio de quase 100 apartamentos. A entidade fez uma proposta de 9,5 milhões. “Foi como antecipar nosso lucro em 9 anos”, afirma Ghisleni. Na mesma época a rede hoteleira Accor estava deixando seus hotéis na região. “Entramos na concorrência para administrar os empreendimentos, ganhamos, e desde então, não saímos mais dos hotéis que gerenciamos”, dis Ghisleni.

A Rede Laghetto conta hoje com seis hotéis, quatro em Gramado, um em Bento Gonçalves e outro em Porto Alegre, mas deve chegar a 22 unidades, até 2017, no Brasil e no exterior. Para isso, a empresa prevê investir R$ 480 milhões no período. Desse total 20% virão da rede gaúcha e o restante de investidores.

A virada da empresa aconteceu quando os sócios perceberam que tinham talento para administrar hotéis. Em vez de se capitalizar para construir novas unidades, eles decidiram se concentrar apenas na gestão, buscando parceiros para arcar com custos fixos. Uma outra alternativa é assumir hotéis que não estejam apresentando bom desempenho, como no caso da Accor em Gramado. “Eles não tiveram um bom desempenho”, di Ghisleni. Assim que o contrato expirou, os donos do empreendimento não renovaram com a rede, líder do mercado brasileiro. Procurada pela reportagem da DINHEIRO, a Accor afirmou que a admiministração dos hotéis de Gramado foi encerrada após o término do contrato, em comum acordo entre a empresa e os investidores.

A estrutura administrativa enxuta é apontada como destaque para o crescimento da Laghetto. “É isso que chama a atenção dos parceiros”, afirma Ghisleni. A administração da rede hoteleira, incluindo sua central de reservas, conta com apenas 20 pessoas.

“Em outras empresas, o mesmo trabalho é feito por até 50 funcionários”, diz ele.

Em 2014 estão previstas duas novas unidades no Rio Grande do Sul, uma na cidade de Rio Grande e outra na capital gaúcha. Existem negociações avançadas com investidores para inaugurar outros dois hotéis, em Balneário Camboriú em Santa Catarina, e na cidade de São Paulo. Até 2017, Gramado terá mais três hotéis da Laghetto. A empresa também celebrou um contrato de intenções com a administradora portuguesa de shopping centers Fitout. Pelo acordo, a rede hoteleira poderá operar hotéis instalados nas proximidades dos centros de compras da Fitout. Os portugueses não possuem operações no país, mas estudam entrar nos mercados de São Paulo e Belo Horizonte. Nos próximos quatro anos, Ghisleni e Spieker planejam ainda expandir seus negócios para além das fronteiras brasileiras. Montevidéu, a capitado do uruguaia, é o destino mais provável. Para este plano, no entanto, não existe investidores interessados.

Com a expansão, a Laghetto precisou reorganizar suas unidades, em novas bandeiras. Até 2011 ela tinha apenas hotéis de lazer. Com a inauguração da bandeira Viverone, em Bento Gonçalves (RS), voltada para o turismo de negócios, a empresa ampliou sua atuação para um dos segmentos mais rentáveis do mercado. No setor de turismo convencional, agora serão usadas as bandeiras Vivace e Allegro.

Além disso, será lançada a bandeira Stilo, focada em hotéis-design, com formato semelhante ao que no ramo hoteleiro é conhecido como hotéis-butique. . Essa última é a marca que a rede quer trazer para São Paulo e para o Rio de Janeiro.

A diversificação tem sido uma forma de os hotéis se expandirem pelo Brasil.

“Temos grandes redes gaúchas, com ótima tradição em hotelaria, que estão seguindo este caminho”, afirma Andréa Nakane, do curso de turismo da Universidade Anhembi Morumbi. Entre elas está a GJP, do fundador da CVC, Guilherme Paulos. Ao que parece, as Serras Gaúchas com todo o charme, não serão mais o principal destino de férias desses empreendedores.

Fonte: Isto é DINHEIRO

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