Cerca de mil veículos participavam do protesto, segundo a Polícia Militar.
Governador tem até o dia 6 para vetar ou sancionar projeto que barra app.
Taxistas do Distrito Federal fizeram na manhã desta segunda-feira (3) uma carreata entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e a área central da capital do país em protesto contra o aplicativo Uber.
O subtenente Gilson Araújo, da Polícia Militar, afirmou que são mil táxis participantes do protesto. A organização do protesto afirma que entre 1,5 mil e 2 mil taxistas participam do ato. Além dos motoristas de Brasília, há taxistas de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que vieram à capital prestar solidariedade à categoria no DF.
Araújo disse que os motoristas se mobilizaram em frente ao aeroporto por volta das 8h30 e seguiriam com a carreata até a Esplanada dos Ministérios e finalizariam o protesto em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal.
Às 10h30, os motoristas fizeram um buzinaço próximo ao viaduto do BRT, que dá acesso ao aeroporto. Nenhuma faixa foi interditada, mas o trânsito no local ficou bastante lento. Eles seguiram pelo Eixão no sentido área central. Na altura das quadras 15, o trânsito começou a ficar parado no Eixao Sul. Os taxistas foram orientados pela PM a ocupar somente a faixa da direita da via.
Um dos organizadores da carreata, o taxista Marcos Alves disse que a renda da categoria caiu em torno de 50% depois do Uber e outros aplicativos. “Somos contra o serviço ilegal de passageiro individual. Tem que respeitar o código de trânsito brasileiro. Esse serviço é ilegal”, declarou.
Na semana passada, taxistas afirmaram durante reunião com o governador Rodrigo Rollemberg buscar uma alternativa para se associar ao aplicativo. Dessa forma, os motoristas autorizados também poderiam atender aos chamados feitos no Uber. Em cidades como Nova York, o Uber Táxi funciona em paralelo ao Uber Executivo, que é usado no Brasil.
O GDF tem até o dia 6 de agosto para sancionar ou vetar o projeto do deputado Rodrigo Delmasso (PTN), que restringe o aplicativo apenas para os taxistas com cadastro na Secretaria de Mobilidade. Se o governo não se posicionar, o texto volta para a Câmara e pode ser promulgado pela Mesa Diretora.
A Ordem dos Advogados do Brasil enviou parecer a Rollemberg recomendando veto ao projeto de lei que proíbe o uso de aplicativos de táxi pago, como o Uber. No ofício, o presidente da entidade, Ibanez Rocha, afirma que a proposta fere uma série de princípios constitucionais, como os da livre iniciativa, da liberdade de exercício de qualquer profissão e da livre concorrência.
Fonte: G1