Cerca de 1,5 milhão vivem legalmente no continente
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O relatório mais recente divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) apresenta uma análise atualizada da condição dos mais de 4 milhões de cidadãos brasileiros que residem no exterior.
As informações levantadas indicam um aumento constante na escolha de viver fora do Brasil, ao destacar a Europa como o segundo continente com a maior comunidade brasileira global e que fica atrás somente da América do Norte. Este número é o maior registrado por Itamaraty de todos os tempos.
Na Europa, há um total de 1.490.745 brasileiros oficialmente estabelecidos, o que corresponde a 32,42% da população nacional global que escolheu viver além das fronteiras do Brasil.
Segundo o advogado Dr. Eduardo Carraro, co-fundador da Master Cidadania, empresa bi-nacional que atua no reconhecimento da cidadania italiana, os brasileiros estão ‘cansados da insegurança, da ineficiência da administração pública e da falta de infraestrutura do país’.
“A Europa, longe de ser um lugar perfeito, sempre foi referência no mundo por sua cultura, estilo e qualidade de vida. Após a União Europeia, foram realizados investimentos estratégicos na saúde pública, escolas, universidades, aeroportos, estradas, portos e na segurança pública acessível para todos”, afirma o advogado.
No caso da Itália, que possui uma relação antiga com o território brasileiro, devido a imigração, são 157 mil cidadãos do Brasil residentes no país, de acordo com dados do MRE. Além disso, segundo levantamento da Embaixada Italiana no Brasil, aproximadamente 30 milhões da população possui o direito à cidadania italiana.
“Para o brasileiro descendente de italiano, além da questão cultural, o que facilita a sua adaptação no país é o fato de que o ítalo-brasileiro conquista sua independência, tendo a cidadania italiana reconhecida e o acesso ao passaporte italiano, o mais poderoso do mundo atualmente”, diz o Dr. Carraro.
A cidadania italiana permite a livre circulação pela Europa, estudar e trabalhar no continente sem precisar de visto, benefícios trabalhistas, a oportunidade de se aposentar na Itália e a chance de estabelecer uma conexão com a cultura do país, que representou grande parte da formação da identidade brasileira.
O co-fundador da Master Cidadania finaliza: “Com o advento dos Tribunais italianos no processo, temos finalmente um percurso claro a ser seguido, segurança jurídica, controle e transparência em todas as fases, podendo ainda juntar mais pessoas da família no mesmo processo de reconhecimento”.