Consumo de álcool e crianças sem supervisão são fatores de risco e a prevenção é fundamental para evitar casos
O litoral brasileiro é um destino bem procurado no Carnaval, seja para aqueles que querem aproveitar esses dias para descansar ou para quem quer curtir a folia. Mas, para não estragar a diversão, é preciso ficar alerta aos perigos da combinação álcool e ambiente aquático e prevenir afogamentos.
Para ajudar o folião a se prevenir contra possíveis dores de cabeça durante aquela tão sonhada viagem carnavalesca, o Ministério do Turismo, em parceria com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), traz uma série de ações que podem ser úteis para aproveitar os festejos com segurança e tranquilidade.
Levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) aponta que em 2022, só no mês do Carnaval, 530 brasileiros morreram afogados. Parte desses casos estão diretamente ligados ao consumo de álcool. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 12% dos afogamentos são atribuíveis à ingestão de bebidas alcoólicas.
“Milhares de pessoas aproveitarão esse período curtindo as belezas do litoral brasileiro, então é preciso ficar alerta! Turismo e segurança é a combinação perfeita para curtir os destinos em todas as dimensões que a atividade turística pode proporcionar”, observa o ministro do Turismo, Celso Sabino.
“O Carnaval é uma das festividades nacionais mais associadas ao consumo de bebidas álcoolicas e muitas pessoas desconhecem a gravidade de consumir álcool e entrar no mar. Por isso, a importância de conhecer os riscos, respeitar os limites e saber agir”, destaca o secretário-geral da Sobrasa, David Szpilman.
Arthur Guerra, psiquiatra e presidente executivo do CISA, explica que o álcool, mesmo em pequenas concentrações, é capaz de alterar os reflexos e aumentar o tempo de reação. “Conforme o consumo de álcool aumenta, essa concentração se eleva no sangue e há um excesso de autoconfiança e uma diminuição da capacidade de discernimento. Como consequência, o indivíduo superestima sua competência aquática e tem dificuldade em avaliar adequadamente os riscos do local”, alerta.
SUPERVISÃO DE CRIANÇAS – Outro risco associado ao uso de álcool está relacionado à supervisão de crianças – maiores vítimas dos casos fatais. Segundo a Sobrasa, o afogamento é a primeira causa de morte de crianças entre 1 e 4 anos no Brasil, por isso não dá para descuidar nenhum segundo, mesmo em águas muito calmas ou quando as crianças estiverem utilizando coletes salva-vidas.
Associado a isso, os pais ou responsáveis sob efeito de álcool têm sua capacidade de atenção reduzida, afetando diretamente assim, os cuidados na supervisão das crianças.
A recomendação das entidades para quem decidir beber é não nadar, e quando estiver supervisionando uma criança, não ingerir bebidas alcoólicas. Outra orientação fundamental é não beber em excesso, pois além do risco de afogamentos, há outros prejuízos sérios de curto a longo prazo à saúde.
Confira mais dicas que podem evitar o risco de afogamentos em praias:
• Frequente apenas praias que tenham o Guarda-vidas presente.
• Observe as bandeiras de sinalização, evitando entrar na água quando demarcada com a bandeira vermelha (alto risco de afogamento), ou preta (área não protegida por guarda-vidas).
• Evite entrar na água para salvar quem está se afogando. Nesses casos, procure jogar um material flutuante, chame um guarda-vidas ou o Corpo de Bombeiros (193) e aguarde o profissional chegar.
• Caso seja pego por uma corrente fique calmo, não lute, flutue e acene por ajuda.
Com essas dicas agora é só curtir o Carnaval.