Prestadora de serviços de “security” em ambas as bases é acusada de pagar aos colaboradores salários inferiores ao estipulado pela convenção coletiva
O Sineata (Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo) notificou na semana passada a CCR, concessionária que administra 16 aeroportos no Brasil, para que atentem quanto ao descumprimento da convenção coletiva de trabalho da categoria. Uma empresa de serviços auxiliares ao transporte aéreo está pagando aos colaboradores salários inferiores aos pisos preconizados. O sindicato já comprovou a referida prática nos aeroportos de Navegantes, Foz do Iguaçu e Londrina.
“Trabalhadores que atuam em jornadas de oito horas diárias estão recebendo salários inferiores ao previsto para aqueles que trabalham seis horas diárias e decidimos notificar a CCR como tomadora dos serviços a fim de que tenha ciência dos fatos”, disse Maria Clara Carneiro, diretora do Sineata (Sindicato Nacional das Empresas Auxiliares do Transporte Aéreo). Com o descumprimento, colaboradores que trabalham 210 horas mensais recebem salário inferior aos que trabalham 180 horas mensais, previstos na convenção coletiva dos auxiliares ao transporte aéreo.
Em todo o país, o Sineata atua acompanhando o cumprimento das normas firmadas entre os trabalhadores e as empresas, e alertando os contratantes, companhias aéreas e aeroportos, para as infrações mais comuns. “Os maiores riscos são a prática de precarização da classe trabalhadora, configurando não só prejuízo social, como também concorrencial, com reflexos nocivos ao livre mercado”, resumiu a diretora do sindicato.
Em conversa com especialista da aviação, averiguou-se que, além do passivo trabalhista, que tende a recair sobre o contratante, essa prática pode prejudicar a qualidade dos serviços prestados em atividade tão importante para o transporte aéreo, que é a área atinente à prevenção ao terrorismo.
Mais informações em www.sineata.org