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LATAM buscará utilizar 5% de combustível sustentável até 2030, privilegiando a produção da América do Sul

O CEO do grupo, Roberto Alvo, defendeu uma colaboração público-privada para promover a produção no continente

Continente reúne excelentes condições de disponibilidade de recursos e matérias-primas para desenvolver combustível de aviação sustentável (SAF)

Desenvolvimento do combustível sustentável é fundamental na estratégia de sustentabilidade da LATAM para cumprir as suas metas de neutralizar 50% das emissões domésticas até 2030 e ser carbono neutro até 2050

Santiago (Chile), 6 de abril de 2022 – Com um apelo para acelerar os esforços para gerar as condições necessárias para uma aviação comercial mais sustentável, o CEO do LATAM Airlines Group, Roberto Alvo, tornou pública a aspiração do grupo de incorporar o combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) em sua operação, privilegiando a produção gerada na América do Sul. Isso faz parte da estratégia de sustentabilidade do grupo, que busca um crescimento neutro em carbono, neutralizando 50% das emissões domésticas até 2030 e alcançando a neutralidade de carbono até 2050.

“A América do Sul tem potencial para ser um líder mundial na produção de combustíveis sustentáveis e, com isso, contribuir de forma muito significativa para as ações climáticas. Para isso, é necessário que os atores públicos e privados, assim como a LATAM, colaborem e desempenhem o seu papel e ousem liderar a transição energética que o mundo exige. Com este anúncio, o grupo está dando um sinal claro ao mercado do real interesse em comprar combustíveis SAF no continente”, afirmou Roberto Alvo, CEO LATAM Airlines Group durante o evento “Wings of Change”, organizado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) nos dias 6 e 7 de abril, em Santiago (Chile).

O executivo destacou o potencial de desenvolvimento do SAF no continente devido aos seus recursos naturais e a sua riqueza em energias renováveis. No entanto, é atualmente um mercado imaturo e com pouca oferta, que ainda não tem as condições propícias para desenvolver o seu potencial, incluindo regimes regulatórios específicos, promoção da tecnologia e inovação, apoio à produção e à cadeia logística, mecanismos para diminuição dos custos, entre outros fatores.

Atualmente, os elevados custos de produção e a imaturidade do mercado impõem grandes desafios quando se pensa no uso em massa desse tipo de combustível. Nesse sentido, o CEO da LATAM fez um chamado às autoridades governamentais, empresas privadas, universidades e o restante das companhias aéreas a colaborar no tema, para gerar incentivos que permitam expandir a produção, a utilização e a massificação do SAF na América do Sul como forma de encontrar soluções para a emergência climática.

Roberto Alvo durante o “Wings of Change”

O que é o SAF?

É um tipo de combustível alternativo, produzido a partir de matérias-primas renováveis ​​ou derivadas de resíduos que atendem a critérios de sustentabilidade. A variedade de matérias-primas é ampla, podendo ser óleos de cozinha, gorduras, resíduos urbanos e resíduos agrícolas, entre outros. Além disso, existem outras alternativas, como o hidrogênio verde, que também pode ser usado para produzir o SAF – embora, no momento, não seja comercialmente viável para esse fim devido ao seu alto custo e baixo volume de produção.

Segundo dados da IATA, o SAF proporciona uma redução de emissões de até 80% em relação aos combustíveis tradicionais, e se apresenta como a ferramenta mais viável para contribuir com o transporte de massa sustentável.

A América do Sul reúne condições imbatíveis em termos de disponibilidade de recursos e matérias-primas sustentáveis para desenvolver esse tipo de combustível sustentável. Segundo dados da WWF, por exemplo, o Brasil tem potencial para produzir até 9 bilhões de litros de SAF, provenientes de diversas fontes, como resíduos da agricultura e da indústria madeireira, e até 2030 a oferta mundial será de 6,5 bilhões de galões, dos quais 2,3 bilhões de galões (cerca de 35%) virão desse mercado.

No longo prazo, espera-se também poder impulsionar aeronaves usando hidrogênio verde como fonte direta de energia; no entanto, essa tecnologia ainda está em desenvolvimento e exigirá modificações nas atuais aeronaves.

A LATAM e a sua estratégia de sustentabilidade

Em maio de 2021, o grupo LATAM apresentou a sua estratégia de sustentabilidade baseada em três frentes (Mudanças Climáticas, Economia Circular e Valor Compartilhado), destacando o seu compromisso com a proteção dos ecossistemas estratégicos da América do Sul para ser um grupo zero resíduos para aterro até 2027, além de compensar 50% das suas emissões domésticas até 2030 e ser carbono neutro até 2050.

As linhas de ação da estratégia foram desenhadas em colaboração com especialistas e organizações ambientais de todo o continente.

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