Cias Aéreas

IATA lança o Relatório de Segurança das Companhias Aéreas de 2021

03 de março de 2022 (Genebra) — A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) divulgou os dados sobre o desempenho de segurança das companhias aéreas comerciais de 2021, que mostraram grandes melhorias em várias áreas tanto em relação a 2020 quanto em comparação ao período de cinco anos de 2017-2021. Os destaques incluem:

● Reduções no número total de acidentes, na taxa referente a todos os acidentes e fatalidades.
● Os membros da IATA e as companhias aéreas certificadas pelo IATA Operational Safety Audit (IOSA) (que inclui todos os membros da IATA) não tiveram acidentes fatais em 2021.
● Não houve acidente durante excursão de pista/taxiamento, pela primeira vez em pelo menos 15 anos.

2021 2020 Média de 5 anos
(2017-2021)
Taxa referente a todos os acidentes (acidentes a cada 1 milhão de voos) 1,01 (ou 1 acidente a cada 990 mil voos) 1,58 (ou 1 acidente a cada 630 mil voos) 1,23 (ou 1 acidente a cada 810 mil voos)
Taxa referente a todos os acidentes das companhias aéreas membros da IATA 0,44 (ou 1 acidente a cada 2,27 milhões de voos) 0,77 (ou 1 acidente a cada 1,30 milhão de voos) 0,72 (ou 1 acidente a cada 1,39 milhão de voos)
Total de acidentes 26 35 44,2
Acidentes fatais (i) 7 (1 jato e 6 turbos) 5 7,4
Fatalidades 121 132 207
Risco de fatalidade 0,23 0,13 0,14
Risco de fatalidade das companhias aéreas membros da IATA 0,00 0,06 0,04
Perda total da fuselagem de aeronave jato (a cada 1 milhão de voos) 0,13 (ou 1 acidente de grandes proporções a cada 7,7 milhões de voos) 0,16 (ou 1 acidente de grandes proporções a cada 6,3 milhões de voos) 0,15 (ou 1 acidente de grandes proporções a cada 6,7 milhões de voos)
Perda total da fuselagem de aeronave turbo (a cada 1 milhão de voos) 1,77 (ou 1 perda de fuselagem a cada 560 mil voos) 1,59 (ou 1 perda de fuselagem a cada 630 mil voos) 1,22 (ou 1 perda de fuselagem a cada 820 mil voos)
Total de voos (milhões) 25,7 22,2 36,6

“A segurança é sempre a nossa maior prioridade. A forte redução no número de voos no ano passado em comparação com a média de 5 anos ampliou o impacto de cada acidente no cálculo das taxas. Porém, diante dos vários desafios operacionais que tivemos em 2021, o setor melhorou em várias métricas importantes de segurança. Além disso, está claro que temos muito trabalho pela frente para elevar todas as regiões e tipos de operações aos níveis globais de desempenho de segurança”, disse Willie Walsh, diretor geral da IATA.
Risco de fatalidade
O aumento geral do risco de fatalidade para 0,23 em 2021 está relacionado ao aumento do número de acidentes fatais com aeronave turbo. Houve um acidente fatal envolvendo aeronave jato no ano passado e o risco de fatalidade de jatos em 2021 foi de 0,04 a cada um milhão de voos, uma melhoria em relação à média de 5 anos de 0,06.
O risco de fatalidade geral de 0,23 indica que, em média, uma pessoa precisaria pegar um voo todos os dias por 10.078 anos para se envolver em um acidente com pelo menos uma fatalidade.
IOSA — IATA Operational Safety Audit
IOSA é o padrão global utilizado pelo setor em auditorias de segurança operacional das companhias aéreas e um requisito para ser membro da IATA. Este padrão é usado por várias autoridades em seus programas de segurança regulatória.

  • Atualmente, 403 companhias aéreas possuem a certificação IOSA, incluindo 115 que não são membros da IATA.
  • Em 2021, a taxa referente a todos os acidentes das companhias aéreas com certificação IOSA foi mais de seis vezes melhor que a taxa das companhias aéreas sem certificação IOSA (0,45 versus 2.86).
  • A média de 2017-2021 das companhias aéreas com certificação IOSA foi quase três vezes melhor que a média das companhias aéreas sem certificação IOSA (0,81 versus 2,37). Todas as companhias aéreas associadas à IATA são obrigadas a ter a certificação IOSA.

“A contribuição do padrão IOSA para melhorar a segurança pode ser vista nos excelentes resultados das companhias aéreas com certificação IOSA, independentemente da região em que operam. Continuaremos a desenvolver esse padrão para apoiarum desempenho ainda melhor na segurança do setor”, disse Walsh.
Taxas de perda total da fuselagem de aeronave jato por região das operadoras (a cada um milhão de voos)
A taxa média global de perda de fuselagem de aeronave jato diminuiu um pouco em 2021 em relação à média de cinco anos (2017-2021). Cinco regiões apresentaram melhorias ou nenhuma queda em comparação com a média de cinco anos.

Região 2021 2020 2017-2021
África 0,00 0,00 0,28
Ásia-Pacífico 0,33 0,62 0,29
Comunidade de Estados Independentes (CEI) 0,00 0,00 0,92
Europa 0,27 0,31 0,14
América Latina e Caribe 0,00 0,00 0,23
Oriente Médio e Norte da África 0,00 0,00 0,00
América do Norte 0,14 0,00 0,06
Norte da Ásia 0,00 0,00 0,03
Geral 0,13 0,16 0,15

Taxas de perda total da fuselagem de aeronave turbo por região das operadoras (a cada um milhão de voos)
Cinco regiões mostraram melhorias ou nenhuma queda na taxa de perda de fuselagem de aeronave turbo em 2021 em relação à média de 5 anos. As únicas regiões que registraram aumentos em comparação com a média de cinco anos foram a CEI e a África.
Embora os setores atendidos por aeronaves turbo representem apenas 10,99% do total de setores, os acidentes envolvendo aeronave turbo representaram 50% de todos os acidentes, 86% dos acidentes fatais e 49% das fatalidades em 2021.
“As operações com aeronave turbo serão uma área de atenção para identificar meios de reduzir o número de incidentes envolvendo certos tipos de aeronaves”, disse Walsh.

Região 2021 2020 2017-2021
África 5,59 9,77 5,08
Ásia-Pacífico 0,00 0,00 0,34
Comunidade de Estados Independentes (CEI) 42,53 0,00 16,81
Europa 0,00 0,00 0,00
América Latina e Caribe 0,00 2,35 0,73
Oriente Médio e Norte da África 0,00 0,00 1,44
América do Norte 0,00 1,74 0,55
Norte da Ásia 0,00 0,00 0,00
Geral 1,77 1,59 1,22

Segurança na CEI
As companhias aéreas baseadas na CEI não sofreram acidentes fatais com aeronave jato em 2021 pelo segundo ano consecutivo. Porém, houve quatro acidentes com aeronave turbo. Três deles causaram 41 mortes, representando mais de um terço das fatalidades em 2021. Nenhuma das companhias aéreas envolvidas tinha certificação IOSA.
Segurança na África
As companhias aéreas da África Subsaariana sofreram quatro acidentes em 2021, todos com aeronave turbo, três dos quais causaram 18 mortes. Nenhuma das companhias aéreas envolvidas tinha certificação IOSA. Não houve acidente com perda de fuselagem de aeronave jato em 2021 ou 2020.
A prioridade da região da África é a implementação das normas e práticas de segurança (SARPS) recomendadas pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). No final de 2021, cerca de 28 países da África (61% do total(i)) tinham concluído pelo menos 60% da implementação de SARPS. Além disso, será importante adotar uma abordagem de múltiplos grupos do setor em estados específicos para eliminar incidentes recorrentes.

Mais Lidas

Todos os direitos reservados a MP&F CONSULTORIA E ASSESSORIA NEGÓCIOS, MARKETING E TURISMO

SEDE BRASÍLIA – DF

MP&F CONSULTORIA E ASS EM NEG TURISMO EMARKETING – VOENEWS – Notícias do Turismo
QNN 7 Conjunto “L” – Lote 47 – Loja 01- CEP: 72225-080 Telefone: – Celulares: (61) 99837-2213 – E-mail: contato@voenews.com.br

CNPJ: 24.060.077/0001-15

SUCURSAL RIO DE JANEIRO

EVENTOS.HOTEL LTDA

Rua XV de Novembro, 49 – Sala 04 – Parte – Centro

Rio de Janeiro – RJ – CEP: 28.800-000

(21) 96713-1150

Copyright © 2011 - VOENEWS - Notícias do Turismo

para o Topo