Potencial brasileiro para investimento foi ponto central de painel realizado pelo Mtur no Rio de Janeiro
O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, dialogou com mais de 120 gestores públicos e líderes empresariais nesta segunda-feira (12) sobre os grandes rumos do turismo no Brasil, as perspectivas, oportunidades e desafios para o setor. No primeiro painel do Seminário Horizontes do Turismo Brasileiro, realizado pela Secretaria Nacional de Estruturação do Turismo, do Ministério do Turismo, com apoio da Apex-Brasil, os representantes do turismo resumiram o País em uma palavra comum: potencial.
Lummertz reforçou que a transformação vivida pelo País após o ciclo de megaeventos, que se encerra com a Paralimpíada, deve ser encarada como oportunidade para maior valorização do setor. “Já somos os maiores potenciais culturais e em recursos naturais do mundo. Temos o Plano Nacional de Turismo em ação. Precisamos aproveitar o momento de ótima visibilidade do País para debatermos como vamos contornar a complexidade de desenvolver negócios no Brasil para avançar no turismo”, comentou.
O presidente do Instituto demonstrou aos presentes que, a nível de comparação, a situação atual se assemelha ao crescimento da agricultura e doagrobusiness, quando o Brasil passou de importador para um dos maiores produtores de alimentos do mundo, em disputa com os mais avançados mercados, como o dos Estados Unidos.
Compuseram o painel ainda o secretário nacional de Estruturação do Turismo, Neusvaldo Ferreira; a gerente de investimentos da Apex-Brasil, Maria Luiza Cravo; o vice-presidente de Assuntos Turísticos e Imobiliários da SECOVI-SP, Caio Calfat; o presidente da STX Desenvolvimento Imobiliário, Marcelo Conde e o fundador da GJP Hotels and Resorts e da CVC, Guilherme Paulus. A discussão foi mediada pelo coordenador-geral de atrações e investimentos do Mtur, Rodrigo Marques.
Neusvaldo Ferreira avaliou o momento como ideal para inovar no setor. “Promovemos essas discussões para buscar segurança jurídica aos investidores e para inovar em insumos e métodos institucionais, entre outras ações estratégias. Lummertz me disse uma vez que, para produzir soluções diferentes, temos que agir de forma diferente e esse é o nosso grande desafio do momento”, enfatizou.
Para Maria Luiza Cravo, trabalhar de forma coordenada para estruturar projetos de investimentos estrangeiros é essencial. A gerente apresentou uma boa perspectiva de desenvolvimento para o País. “Enxergo que, nos próximos anos, vamos ter uma oportunidade ímpar de atrair investimentos para o Brasil. O nosso avanço em infraestrutura tem um impacto muito positivo para o turismo, seja no incremento em aeroportos ou nas reformas básicas”, avaliou.
Raio X do turismo brasileiro
O Ministério do Turismo entregou aos presentes informativo que prova o potencial do Brasil para investimento em turismo. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o País é o 1º do mundo em recursos naturais e o 11º em Economia Turística, além de 3º no mercado doméstico de aviação comercial do mundo, este de acordo com o ICAO. A cartilha mostra também que mais de 6,3 milhões de turistas estrangeiros estiveram no Brasil em 2015. Além disso, indica que o turismo corresponde a 3,7% do PIB e 9,6% deste Produto quando considerada a economia direta e indireta.
Com base no 28º lugar no ranking de competitividade mundial do turismo, Lummertz destacou a importância também de uma forte agenda política: “Subimos 23 posições em relação à competitividade e as iniciativas pública e privada fortalecem cada vez mais a parceria em torno de investimentos estrangeiros. Precisamos ainda de força no Congresso Nacional e na agenda política para também crescer na atração de estrangeiros ou na capacidade de vendermos bem os nossos produtos turísticos”.