Texto preliminar foi apresentado a especialistas do setor e contará ainda com a contribuição da sociedade
Na última quinta-feira (10.02) foi concluída mais uma etapa da criação do Programa Nacional de Turismo Gastronômico do país. Durante oficina virtual, promovida pelo Ministério do Turismo em parceria com a UNESCO, o texto preliminar do Programa foi apresentado para especialistas em turismo e gastronomia de todo o Brasil. A próxima etapa consiste em disponibilizar o texto para consulta pública para que a sociedade também possa contribuir com o conteúdo do projeto.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, ressalta que o Programa tem o objetivo de nortear políticas públicas específicas para o turismo gastronômico no Brasil. “A culinária brasileira é inigualável e deve ser valorizada a ponto de ser a principal motivação das viagens de turistas nacionais e internacionais. Nosso objetivo é estruturar esse segmento e fazer dele um impulsionador do turismo no Brasil”, destaca.
Na abertura da oficina, a diretora de Inteligência Mercadológica e Competitiva do Turismo, Nicole Facuri, reforçou que o Programa está sendo criado com a participação de técnicos capacitados para sua efetiva aplicabilidade. “O documento foi elaborado em conjunto com especialistas de turismo de todos os estados e regiões do Brasil que trabalharam com afinco e dedicação junto com o Ministério do Turismo, a UNESCO e o Instituto Federal de Brasília (IFB) para a construção de uma política perene no campo da gastronomia”, disse.
O consultor do Programa Nacional de Turismo Gastronômico pela UNESCO, Richard Alves, também frisou a importância dos especialistas que, voluntariamente, contribuíram para a construção do texto. “São vocês que conhecem a realidade regional e nacional. É um grande desafio a gente pensar em política pública na dimensão nacional num tema tão relevante como esse, que merece incentivo. Quando a gente pensa em uma política única ela precisa ter flexibilidade para lidar com todas as especificidades do Brasil”.
A Coordenadora do Projeto “Prospectivas para o Turismo Gastronômico no Brasil” do IFB, Ana Paula Jacques, comemorou o avanço da criação do Programa. “Temos uma jornada de quase um ano juntos e podemos ver que essa contribuição não é em vão, ela vem se fortificando e dando frutos”, comentou.
A coordenadora-geral de Turismo Responsável do MTur, Rafaela Lehmann, também presente na oficina desta quinta-feira, anunciou que a versão final do texto do Programa Nacional de Turismo Gastronômico deve ser lançada no fim de março. “Pela primeira vez estamos vendo uma construção colaborativa voltada ao turismo gastronômico. Este é apenas o começo desse programa único que será a anunciado em breve, colocando o país como referência em turismo gastronômico”, destacou.
“Continuem com essa força na integração e na ligação com os estados. A gente precisa muito desse suporte para que as coisas aconteçam. É fundamental que esse programa tenha esse cuidado especial com cada um dos estados”, comentou o técnico João Lima, do Ceará.
“Pela primeira vez a gente está vendo um programa de gastronomia realmente feito por muitas pessoas e não só com o alto escalão. Quando fui chamada para compor este grupo, percebi o quanto é importante a nossa visão enquanto técnico do turismo. Isso aproxima os gestores do mercado”, apontou a especialista em turismo Alessandra Lontra, da Paraíba.
GASTRONOMIA – No Brasil, a gastronomia movimenta cerca de R$ 250 bilhões por ano, segundo cálculos da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). E é um dos itens mais bem avaliados por estrangeiros em visita ao Brasil; 8 em cada 10 turistas internacionais aprovaram a gastronomia brasileira em 2019, segundo estudo realizado pelo Ministério do Turismo com visitantes internacionais (Demanda Turística Internacional). Este fato, por si só, já demonstra o potencial do Brasil para atração de mais estrangeiros no cenário pós-pandemia.
Por Vanessa Castro
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo