Lançada no Dia Mundial do Turismo, disputa organizada por MTur e Wakalua é aberta a startups, empresas, destinos e academia
Estão abertas as inscrições para o Desafio Turistech Brasil, promovido pelo Ministério do Turismo em parceria com o Wakalua Innovation Hub – primeiro polo global de inovação em turismo – e em colaboração com a Organização Mundial do Turismo (OMT). A disputa, que conta ainda com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e do Sebrae, é uma edição ampliada do Desafio Brasileiro de Inovação em Turismo, realizado pela primeira vez em 2020.
Além da categoria Startups, foco da competição do ano passado, o Desafio Turistech, realizado de forma totalmente online, envolve a participação de Destinos, Academia e Empresas. Todos os vencedores ganharão visibilidade nacional e internacional para os seus projetos, sendo reconhecidos como líderes da inovação no turismo brasileiro. As inscrições seguem até o dia 1° de novembro, por meio do site da competição (Acesse aqui).
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a iniciativa se soma às ações do governo federal em prol da transformação do setor. “Com a pandemia e a consequente mudança de hábito na população, principalmente no mercado de viagens, verificamos um turista cada vez mais antenado às novas tendências de inovação e tecnologia. Essa competição vem para suprir esta necessidade e ajudar o nosso setor a gerar emprego e renda para os brasileiros”, observa.
O lançamento do Desafio Turistech ocorreu durante uma live realizada nesta segunda-feira (27.09), Dia Mundial do Turismo. Na ocasião, o secretário executivo do MTur, Daniel Nepomuceno, destacou benefícios da ampliação das categorias previstas da disputa. “A gente avança agora para realmente colocar dentro da cadeia do turismo todos aqueles envolvidos com a inovação, trazendo órgãos de governo, a academia e, principalmente, os destinos”, comentou.
A transmissão teve, ainda, a participação do presidente do Sebrae. Carlos Melles reforçou o compromisso com o desenvolvimento do turismo e manifestou otimismo quanto à recuperação do setor, a partir de ações como a vacinação contra a Covid-19. “A vacinação está trazendo qualidade e quantidade, e o turismo vai crescer muito. Com parcerias como essa, certamente vamos proporcionar uma melhor recuperação do turismo brasileiro”, pontuou.
Lisandro Menu-Marque, diretor-geral do Wakalua, que também acompanhou a live, incentivou inscrições no Desafio e celebrou avanços na parceria com o Brasil. “O ministro Gilson se mostrou muito interessado em potencializar o sucesso do primeiro Desafio. Então, estou muito feliz de estender esse desafio agora a novos setores. A visão da OMT é provocar no Brasil uma revolução tecnológica e somar valor ao produto que o Brasil oferece ao mundo”, comentou.
Em um vídeo veiculado no evento, a diretora de Inovação, Educação e Investimentos da OMT, Natalia Bayona, defendeu esforços no sentido de reforçar o aproveitamento do potencial brasileiro. “O ecossistema de inovação brasileiro é um dos mais poderosos da América Latina, porque é uma região infinita em possibilidades de turismo. Não vamos perder essa oportunidade mágica que temos e que o Governo do Brasil está potencializando”, exortou.
A transmissão reuniu, ainda, o coordenador-geral de Ambientes Inovadores e Startups do MCTI, José Antônio Silvério, que representou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, e expôs ações da Pasta para fomentar a inovação. A live também contou com o gerente de Competitividade do Sebrae Nacional, César Rissete, que abordou a importância da busca por novas soluções neste momento de retomada do turismo (Assista ou reveja a live aqui).
CRITÉRIOS – Os interessados podem se inscrever nas seguintes temáticas: Digitalização de negócios e destinos turísticos; Personalização de experiência; Destinos inteligentes; Marketing digital / Promoção de destinos; Impacto social/ambiental; Turismo em áreas naturais; Experiência do turista digital; Nomadismo digital; Vistos e controle de acessos; Domótica e automatização; Inserção digital de pequenos negócios; Desenvolvimento sustentável; Economia circular; Gestão e operação inteligente e Economia Criativa no Turismo.
Os projetos devem ter relação com quaisquer pontos da cadeia de valor do turismo, podendo ser destinados a visitantes, a empresas, ao setor público, à academia ou a comunidades. A avaliação das propostas vai ficar a cargo de líderes do turismo e da inovação, e a seleção final será anunciada durante o mês de novembro. A análise se baseará em quesitos como contribuição ao turismo, natureza inovadora e grau de desenvolvimento, entre outros.
VISIBILIDADE – Os 10 projetos mais bem colocados no Desafio Turistech vão se associar por 12 meses ao Wakalua, tendo acesso a seu network, opções de mentoria e investimentos de parceiros, além de se classificar para as semifinais da 4ª Competição Global de Startups de Turismo da OMT, de 2022. Eles também vão disputar uma viagem a Madri, na Espanha, para participar de um programa de treinamento e, também, da Feira Internacional de Turismo de Madri (FITUR).
O Brasil foi destaque na 3ª edição da disputa mundial de startups de turismo da OMT, que, em 2020, teve como foco os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre mais de 10 mil projetos de 135 nações, o país chegou à semifinal, com dois representantes, e sagrou-se campeão na categoria igualdade de gênero. A vitória coube à Sisterwave, de Brasília (DF), que facilita a realização de viagens por mulheres.
PARCERIA – O Desafio Turistech Brasil integra uma colaboração entre o MTur e o Wakalua para estimular a inovação em turismo no Brasil e melhorar a competitividade do setor por meio da transformação digital de organizações públicas e privadas da área. O trabalho conjunto prevê a instalação de um hub dedicado ao setor no país e o apoio à construção da Estratégia Nacional de Inovação em Turismo (ENIT-2021-2024).
A ENIT, estruturada pelo MTur após um diagnóstico conduzido pelo Wakalua, constitui um plano de longo prazo destinado a nortear ações entre governo, academia e sociedade civil. O texto segue sob consulta pública até 30 de outubro deste ano, por meio da Plataforma Participa + Brasil (Acesse aqui)
Por André Martins
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo