A Expo 2020, a ser realizada em Dubai, terá a participação do Brasil e foi um dos temas tratados no encontro entre a secretária da Setur e o embaixador da confederação árabe
A secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, esteve na Embaixada dos Emirados Árabes Unidos para iniciar diálogo com o embaixador Saleh Alsuwaidi sobre o fortalecimento do turismo entre Brasília e os principados da confederação árabe.. O encontro aconteceu nesta semana e teve como pauta a troca de conhecimentos e experiências acerca do setor.
Um dos temas abordados foi a Expo 2020, uma das mais importantes feiras internacionais de negócios que será realizada, no período de 1º de outubro de 2021 a 31 de março de 2022, desta vez em Dubai. É a maior cidade dos Emirados Árabes Unidos, confederação localizada no Golfo Pérsico que é formada por monarquias soberanas chamadas emirados.
O evento é organizado pelo Bureau International des Expositions, entidade intergovernamental, com sede em Paris, dotada de personalidade jurídica internacional. Com uma verba de US$ 7,5 bilhões destinada à realização da Expo, Dubai estima um retorno de US$ 20 bilhões e a geração de 270 mil empregos ligados ao comércio e serviços
País agregador
No encontro, a secretária de Turismo informou que o Brasil vai participar da feira com o tema Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável. O objetivo é mostrar a diversidade de fauna e flora, a multiplicidade étnica, criativa e cultural do povo brasileiro e apresentar o Brasil como um país agregador e com relevante participação nas questões internacionais relacionadas à sustentabilidade.
A feira estava originalmente marcada para o período entre 20 de outubro de 2020 e 10 de abril de 2021. Porém, devido à pandemia, foi remarcada entre 1º de outubro de 2021 e 31 de março de 2022, mantendo o nome de “Expo 2020”.
Deve contar a feira com a participação de 25 milhões de pessoas de 190 países durante os seis meses de evento, segundo os organizadores. O tema será Conectando mentes, criando o futuro, com divisões em áreas de oportunidade, mobilidade e sustentabilidade.
Emblema dos Emirados Árabes | Foto: Aurélio Pereira / Setur-DF
.Indústria do turismo
É a primeira vez que essa exposição universal acontece no Oriente Médio. Como forma de evidenciar a importância do evento no contexto mundial, o embaixador Saleh Alsuwaidi presenteou a secretária Vanessa Mendonça e o assessor Internacional da Setur-DF, Vitor Andrade, que participou da reunião, com o broche que representa uma réplica de um anel de ouro de 4 mil anos.
A peça original foi descoberta em 2002 em Sarouq Al Hadeed, um sítio arqueológico de Dubai, por Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos e governante de Dubai.
Segundo o embaixador, o anel foi inspiração para a idealização do local que abrigará a Expo Dubai 2020. “Além disso, tem sido produzido em ouro e vendido nas diversas joalherias de Dubai, tornando-se um símbolo da cidade”, apontou.
Saleh Alsuwaidi ainda informou que o turismo é uma das grandes indústrias do país, seguido do petróleo, comércio e serviços. Atualmente, vivem 10 mil brasileiros nos Emirados Árabes Unidos, cuja população é 9 milhões de habitantes, detalhou.
Asas abertas
Para a secretária de Turismo do DF, a reunião marca o início de uma interlocução importante para fortalecer o turismo entre as duas capitais. “Brasília está de asas abertas para receber os turistas vindos dos Emirados Árabes, que têm cidades belíssimas como a capital Abu Dhabi, além de Dubai”, pontuou.
Vanessa Mendonça acrescentou que Brasília tem diversos atrativos para encantar turistas . “Temos nossas belezas e estamos prontos para mostrar uma cidade que poucos conhecem e que está preparada para oferecer as melhores experiências em todos os segmentos do turismo”, destacou.
A secretária presenteou o embaixador Saleh com o livro Brasília vista do céu. A publicação contém 140 fotografias aéreas do fotógrafo fluminense Bento Viana, que ressaltam a beleza singular de Brasília, os monumentos projetados por Niemeyer, as linhas do urbanista Lúcio Costa e o paisagismo de Burle Marx.