Programa da Setur-DF visita os parques ecológicos Asa Delta e Península Sul, que oferecem espaços para voo livre, esportes náuticos, caminhadas e ciclismo
O Parque Ecológico do Anfiteatro Natural do Lago Sul, mais conhecido como Asa Delta, possui um morro artificial, construído na década de 80. O local tem sido muito utilizado para aprendizado e prática das modalidades de voo livre, tanto asa delta quanto parapente.
Esse foi um dos pontos visitados pelo programa Turismo em Ação, criado pela Secretaria de Turismo para mapear e dar visibilidade a atrações turísticas de Brasília e das regiões administrativas do Distrito Federal.
O Parque Asa delta é administrado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e interligado ao Parque Península Sul. Ambos possuem ceca de 6,5 km de trilhas.
O espaço também é bastante utilizado para a prática de caminhadas, corridas e também para esportes náuticos, como pesca, pedal e remo, pois oferece fácil acesso à margem do Lago Paranoá.
Características semelhantes também são encontradas no Parque Ecológico Península Sul, onde é comum a presença de visitantes praticando esportes náuticos como kitesurf, stand up paddle e remo e usando suas ciclovias para caminhadas e ciclismo.
Cidade linda!
O gestor de Turismo e frequentador assíduo do parque, Franklin Wilson, parabenizou a iniciativa da secretária da Setur, Vanessa Mendonça, em mapear os pontos turísticos das regiões administrativas. “Brasília precisava disso, pois são muito importantes iniciativas do poder público que visem dar visibilidade e promover locais que proporcionam lazer, esporte e contemplação a todos os moradores ou visitantes da cidade”, elogiou.
“O Turismo é o futuro, o PIB do nosso país. Brasília tem muita coisa boa, basta vir aqui, fazer a caminhada cedo e virá resultados fantásticos. Daqui a pouco, todos estarão vacinados e poderão viver tudo o que o país tem de melhor. Eu saio da Asa Sul e venho fazer essa caminhada todo dia. Convido todas as pessoas de Brasília e adjacências a virem conhecer, caminhar, vale a pena fazer exercício e ver que a cidade está linda!”, disse o gestor.
O proprietário da Escola de Voo Livre, Ricardo Ortega, admitiu que escolheu o lugar para decolar negócios. Afinal, reconhece que o morrote construído nos anos 1980 é ideal para o ensino inicial das modalidades de asa delta e parapente, além da localização privilegiada. Afirmou ainda que o local já formou alguns campeões. “Esse morro foi muito importante para que fossem revelados esses pilotos do Brasil e do mundo. E não é só importante para o voo livre. É também para todas as pessoas que vêm aqui para caminhar, andar de bicicleta, correr, fazer triatlon e contemplar essa paisagem maravilhosa que o lugar oferece”, declarou.
A carioca Ana Glécia Chaves, instrutora no Parque Asa Delta há quatro anos, nem pensa em voltar a morar no Rio de Janeiro | Foto: Aurélio Pereira/SeturDF
Segue na mesma linha Ana Glécia Chaves, que saiu do Rio de Janeiro há quatro anos e desembarcou em Brasília. Na capital fluminense, fazia voo duplo de parapente no Morro da Gávea. No entanto, não quer mais sair da capital federal. A carioca é instrutora no Parque Asa Delta e tem dez alunos com aulas às quartas e sextas-feiras ou aos sábados e domingos.
Como diz a música do Renato Russo [Faroeste Caboclo, Legião Urbana, 1979], essa cidade é linda! Foi uma enorme emoção quando saí do Vale do Paranã e voei até aqui vendo o Lago Paranoá, os monumentos e a essa paisagem sem igual. Estou feliz aqui e não quero voltar para o Rio”, confidenciou a instrutora.
Parque das Copaíbas
Outra atração imperdível é o Parque das Copaíbas. Localizado entre a QI 26 e a 28 do Lago Sul, pertence à Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá e é administrado pelo Instituto Brasília Ambiental. A APA tem, ao todo, 73 hectares e abriga nascentes e o Córrego das Antas, que deságua no Lago Paranoá.
Rejane Pieratti, Superintendente de Gestão das Unidades de Conservação do Ibram, no Parque das Copaíbas. Foto: Aurélio Pereira/SeturDF
A superintendente de Gestão de Unidades de Conservação, Rejane Pieratti, informou que a vocação do Parque das Copaíbas é receber trilheiros, com o total 4,2 km de trilha ecológica e rústica. “É um parque para que os turistas venham conhecer o Cerrado, nosso bioma, sem terem que sair da cidade”, recomendou, com um reforço: “É um lugar maravilhoso para as pessoas virem com suas famílias e conhecerem a nossa biodiversidade”.
Jéssica Lima Garcia e o filho Joseph Benjamin Garcia Axworthy visitaram o parque pela primeira vez em busca de ideias para implementar na propriedade que possuem, próxima ao Paranoá, onde pretendem se dedicar à criação de uma estação de ecoturismo. “As pessoas estão buscando cada vez mais o turismo ecológico e o rural, que proporcione um maior contato com a natureza. Esta trilha é linda, uma opção gratuita e divertida para se fazer com a família. Brasília é rica em natureza, trilhas e é importante a gente dar visibilidade a essas opções todas. Chegou a vez de unir turismo, saúde e lazer”, defendeu Jéssica Garcia.
A superintendente disse ainda que uma parte do Arco Brasília dos Caminhos do Planalto Central passa pelo Parque das Copaíbas. Os Caminhos compreendem um conjunto aproximado de 400 km de trilhas para caminhantes, ciclistas e cavaleiros, com três arcos (Brasília, Cafuringa e Trilha União). As trilhas ligam regiões de ecoturismo com uma que é Patrimônio Cultural da Humanidade. Os percursos interligam paisagens, Unidades de Conservação (UCs) e diversos atrativos ambientais, culturais e da história da Planalto Central. Partem ainda de dois pontos de relevante interesse ambiental e histórico: a Floresta Nacional de Brasília e a Pedra Fundamental no Morro do Centenário.