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domingo, novembro 24, 2024
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Hotelaria carioca prevê mês de março ainda pior devido ao esvaziamento do turismo de lazer

O mês de fevereiro terminou e levou com ele os turistas de lazer, um nicho sazonal com maior concentração no verão. O atual cenário da pandemia traz apreensão para a hotelaria com a chega da baixa temporada do turismo, que até então acreditava-se que poderia ser salva pelo segmento corporativo, o que não se consolidou em função das novas medidas restritivas.

Segundo o Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio), a recuperação total do setor pode demorar até quatro anos e dependerá diretamente da agilidade da campanha de vacinação, da retomada geral da economia, do calendário de eventos e de ações promocionais nos principais destinos emissores nacionais e internacionais.

Diante de uma taxa de ocupação atual em torno de 45%, e de um prejuízo acumulado, no último ano, de, aproximadamente, R$ 1 bilhão e 600 milhões, a rede hoteleira da capital tem buscado alternativas para incrementar o setor. Entre as principais medidas está a de voltar o foco para o público interno com pacotes atrativos de day use para que cariocas e fluminenses possam aproveitar seu próprio estado, o chamado staycation. A cidade do Rio conta com a rede hoteleira mais moderna do país, onde muitos hotéis funcionam como um verdadeiro destino, por reunirem gastronomia, piscinas, spas e charmosos rooftops, que já valem uma viagem. Tudo isso com a segurança da garantia de todos os protocolos de segurança sanitária em que os hotéis são pioneiros.

Recente pesquisa realizada pelo Hotéis Rio junto aos seus associados atesta essa procura. O estudo indica que o serviço de day use cresceu cerca de 20% entre os meios de hospedagem, e que, aproximadamente, 73% dos hotéis oferecem algum tipo de desconto/ atrativo como incentivo a esse turismo. Ainda de acordo com o levantamento, a procura por lazer perto de casa seria para evitar aglomeração e o público predominante está na faixa dos 31 aos 40 anos, sendo o Rio de Janeiro (31,50%) o segundo principal estado emissor, atrás apenas de São Paulo.

“Se considerarmos o cenário que estamos vivendo, podemos afirmar que tivemos um bom verão. O desafio, como já venho falando, vem agora, a partir de março, com o esvaziamento do turismo de lazer. Havia uma expectativa da retomada do corporativo, mas março trouxe com ele novas medidas restritivas. Os hotéis ainda continuam representando um dos ambientes mais seguros, por seguirem os mais exigentes padrões de protocolo e prevenção, então, seguimos de portas abertas e plena operação. O cenário ainda é incerto, mas estamos esperançosos com os avanços da campanha de vacinação”, ressalta Alfredo Lopes, presidente do Hotéis Rio.

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