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quinta-feira, novembro 28, 2024
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Hotelaria busca acordo com OTAS

No cenário de crise instaurado pela pandemia, quando os empreendimentos de hospedagem buscam cortes de custos e entendimento junto aos parceiros comerciais para garantir a sobrevivência dos negócios e a manutenção de milhares de empregos, a negociação com as OTAS vem sendo uma das pautas prioritárias do setor hoteleiro.   

Uma comissão formada por hoteleiros representantes do Hotéis Rio e ABIH-RJ tem buscado, nos últimos cinco meses, estabelecer um diálogo com os principais players deste mercado de agências de reservas online, tais como Expedia, Hotel Urbano, Booking e Decolar.   

Cientes da crise do setor, um dos mais afetados pelas recomendações de circulação restrita e isolamento social, a Hotel Urbano (HURB) foi a primeira OTA a se solidarizar e ofereceu um pacote com condições exclusivas para hotelaria.  A Expedia também teve resposta positiva aos pleitos dos hotéis e se comprometeu em apresentar uma proposta na primeira semana de setembro.   

Uma das maiores do setor, porém, teve manifestação contrária às demandas da hotelaria. A Booking.com não atendeu as reivindicações apresentadas pela ABIH-RJ e Hotéis Rio e tem estabelecido contato direto com os empreendimentos hoteleiros para dar ciência das propostas que já foram declinadas pelo grupo, por entender que estas medidas são contrárias aos interesses do setor hoteleiro. Até o momento, ainda não houve entendimento também com a Decolar.com, HotelBeds e CVC/Trend.  

“Quanto mais econômico seja viajar para o cliente, mais favorável será para todos, e isso permitirá a geração de empregos para ambos os lados. Todos temos que reduzir nossos custos. Nós já fizemos a nossa parte e estamos aguardando que as OTAs sigam o mesmo caminho. Precisamos nos apoiar e reinventar para favorecermos nossos clientes e colaboradores”, comenta Ronnie Arosa, vice-presidente do Hotéis Rio e titular do Conselho Fiscal da ABIH-RJ.

Desde o início da pandemia, seis hotéis já fecharam as portas em definitivo na cidade. A taxa de ocupação vem apresentando crescimento lento, atualmente na faixa dos 25 a 30%, e o setor estima que a recuperação para o patamar anterior à crise possa demorar até 4 anos. Nos últimos quatro meses, a hotelaria carioca acumulou um prejuízo estimado em R$ 850 milhões e cerca de 20 mil empregos diretos estão suspensos. 

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