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domingo, novembro 24, 2024
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Com ampla adesão em 2019, campanha “Meu Corpo não é Sua Fantasia” retorna no Carnaval 2020

Após ter se consolidado em 2019 em uma primeira edição com sucesso absoluto, a campanha “Meu Corpo não é Sua Fantasia” retorna no Carnaval de 2020 com o objetivo de levar para um número ainda maior de pessoas o alerta contra o assédio sexual e a violência contra a mulher. Projeto da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, presidida pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos), a campanha contou com uma ampla adesão e apoio dos foliões e de personalidades da mídia, que contribuíram para reforçar o grito em defesa da liberdade e do respeito.

Na Bahia, dados oficiais revelam que uma mulher é agredida a cada 56 minutos. E, segundo a organização internacional ActionAid, 86% das brasileiras já sofreram assédio em público. Outra pesquisa, realizada em 2019, aponta que 97% das mulheres dizem já ter sofrido assédio sexual nos transportes público e privado no país. “Essa grave situação pode se tornar ainda pior no Carnaval, quando há um grande contingente de pessoas nas ruas, em festa, e alguns limites e barreiras são perigosamente rompidos. São muito comuns os relatos de mulheres que dizem ter sido beijadas à força, recebido apalpadelas ou até passado por situações mais constrangedoras, ameaçadoras e violentas”, pontua Ireuda.

De acordo com a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, o Ligue 180, as denúncias de assédio no Carnaval cresceram 90% nos últimos anos. “Isso demonstra o quanto vivemos em uma sociedade machista, em que as mulheres são tratadas como objetos disponíveis para satisfazer prazeres e vontades dos homens. O sentimento das vítimas é o que menos importa”, acrescenta a republicana.

Como no ano passado, a campanha percorrerá os circuitos da folia momesca em Salvador, com camisetas, faixas, cartazes e panfletos, levando a mensagem de alerta, conscientização, sororidade e empoderamento. “Uma das armas mais eficazes para se combater o assédio é a solidariedade, tanto das próprias mulheres quanto dos homens. Quem presenciar casos do tipo precisa se sentir no dever de ajudar a vítima, que muitas vezes não está em condições psicológicas de tomar as providências necessárias”, defende Ireuda.

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