Autarquia, que será transformada em agência, pretende dobrar número de visitantes internacionais e cooperar na recuperação da economia nacional
Fundada em 1966, pelo então presidente Castelo Branco, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) completa 53 anos de fundação nesta segunda-feira (18). Responsável pela divulgação do país no exterior e pela promoção do turismo, o órgão passou por diversas transformações nestas décadas. Em 2019, o instituto retoma seu protagonismo político dos anos anteriores, com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de transformá-la, futuramente, em agência.
Com um orçamento para promoção do país no exterior de algo em torno de U$S 8 milhões, o Brasil perdeu sua capacidade de investimento em 82,36% desde 2011. A Nova Embratur retomará a competitividade internacional perdida. Para termos de comparação, em 2017, a Argentina investiu US$ 60 milhões e o México US$ 400 milhões.
Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, parabenizou o órgão e os servidores pela data. Ele lembrou a importância do Turismo no cenário econômico do país, representando cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB).
“O modelo autárquico, que rege a Embratur atualmente, não é competitivo e a mudança é necessária, fato reconhecido pelo presidente da República e pelos presidentes da Câmara e do Senado. São 53 anos cumprindo um papel vital para o país e que, agora, podem ter certeza, será ainda mais”, destacou.
Presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, durante apresentação para o cargo
Machado lembrou que ainda em 1998 o Brasil ultrapassou a barreira dos 5 milhões de turistas internacionais e que mais de 20 anos depois este número pouco ultrapassa a cada dos 6 milhões. “É uma estagnação que será sanada com a retomada de investimentos. Nossa meta é, até 2022, chegar perto dos 12 milhões de visitantes estrangeiros”.
Com a transformação da Embratur em agência, o órgão passará a receber verbas do Sistema S. A expectativa é de que o seu orçamento pule para cerca de U$S 150 milhões. “O turismo é um dos principais motores de fonte de renda e emprego no país. A sociedade brasileira pode ter certeza que vamos trabalhar para conseguirmos nossas metas ousadas e cooperar com a retomada financeira do país”, concluiu Gilson Machado Neto.