22.5 C
Brasil
segunda-feira, novembro 25, 2024
spot_img

Especial 100 anos da KLM: Mulheres inconicas da aviação

Companhia traz histórias sobre as importantes conquistas femininas na aviação pela ótica de três brasileiras e três holandesas

Em 7 de outubro de 2019, a KLM completa 100 anos de existência, um ótimo momento para olhar para trás, e celebrar os avanços alcançados com o passar dos anos. Todos nós já ouvimos falar de aviadores icônicas como Amelia Earhart e Amy Johnson. Mas você sabia que também haviam pioneiras perto de casa? Aqui está uma breve história de três heroínas brasileiras e holandesas, cada uma traçando seu próprio caminho e abrindo caminho para as mulheres no cockpit.

 

Thereza de Marzo

A paulista Thereza de Marzo foi a primeira brasileira a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Sua trajetória até o diploma não foi fácil, Thereza era repreendida pela família por seu sonho de pilotar aviões. Por conta disso, atravessou a cidade de São Paulo andando, até o Aeródromo Brasil, onde se matriculou nas aulas de voo após rifar uma vitrola. Em março de 1922 se tornou a primeira mulher a pilotar sozinha, se habilitando perante a banca do Aeroclube Brasil pouco tempo depois. No mesmo ano criou as chamadas “Tardes de Aviação”, nas quais realizava voos panorâmicos com passageiros para lazer. Até que, em 1926, se casou com o instrutor Fritz Roesler. Numa época onde as mulheres quase não desempenhavam fora de casa, Thereza foi proibida de voar após o casamento. De acordo com o código civil de 1916, a mulher casada precisava de autorização do marido para diversas atividades. Apesar da carreira encerrada precocemente, Thereza foi uma pilota brilhante, com 300 horas de voo.

Foto: Instituto Embraer
Foto: Instituto Embraer

 

Anésia Pinheiro Machado

Segunda mulher a receber o diploma de pilotagem no Brasil, Anésia realizou um voo histórico entre São Paulo e Rio de Janeiro para as comemorações do centenário da independência brasileira, se tornando a primeira mulher a realizar um voo interestadual no país. E por tal feito e tantas outros, recebeu os comprimentos de Alberto Santos Dumont. O voo pioneiro em uma data comemorativa nacional representou uma bandeira importante para o movimento feminista dos anos 1920. Anésia participou do I Congresso Feminista Internacional e da Revolução de 1924, quando foi presa e depois libertada. A pioneira sobrevoou o navio Minas Gerais, jogando flores e um bilhete dizendo “E se fosse uma bomba? ”, o que a proibiu de voar até 1939. Já em 1951, entrou para a história mais uma vez, voando um monomotor de Nova York para o Rio de Janeiro, e depois por atravessar a Cordilheira dos Andes. Foi reconhecida pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), na Conferência de Istambul, como Decana Mundial da Aviação Feminina em 1958.

Ada Rogato

Ada foi a primeira mulher brasileira a obter licença como paraquedista, a primeira a pilotar um planador, a terceira a obter brevê (em 1935, após Thereza e Anésia) e a primeira pilota agrícola do país. A pilota, que sempre voou sozinha, realizou também mais de 200 voos de patrulhamento no litoral paulista de maneira voluntária. Alguns anos depois, em 1950 atravessou os Andes onze vezes, e voou mais de 50 mil quilômetros pelas Américas, chegando até o Alasca. Ela também foi pioneira ao cruzar, sozinha, a região amazônica em uma aeronave sem rádio, tendo como guia apenas uma bússola. Sua importância foi além de suas conquistas no ar, Ada se dedicava à preservação da história aeronáutica do Brasil, atuou como presidente da Fundação Santos Dumont e Diretora do Museu da Aeronáutica. E, por fim, foi a primeira mulher a receber a Comenda Nacional de Mérito Aeronáutico e o título da Força Aérea Brasileira de Piloto Honoris Causa.


Beatrice de Rijk

Beatrice de Rijk, uma ávida balonista, foi a primeira holandesa a obter uma licença de piloto em 1911. Por décadas, principalmente antes da Segunda Guerra Mundial, o cockpit era dominado quase que exclusivamente por homens, embora mulheres como Beatrice estivessem dispostas e capacitadas para voar. Antes da fundação da KLM, já havia várias mulheres que desafiavam o tradicionalismo da época pelo cockpit. Mas mesmo durante a Primeira Guerra Mundial, quando a necessidade abriu novas portas para as mulheres, De Rijk mesmo assim foi recusada para um emprego na Força Aérea.

Ida Veldhuyzen van Zanten

A Segunda Guerra Mundial certamente serviu como um catalisador para que as mulheres ocupassem seu devido lugar no cockpit. A heroína da resistência Ida Veldhuyzen van Zanten obteve inicialmente sua licença de piloto para melhorar suas chances de se tornar comissária de bordo. Logo após a KLM a contratar, em 1940, os alemães ocuparam a Holanda. Veldhuyzen van Zanten fugiu para a Inglaterra, onde se destacou como pilota em um dos dois esquadrões da Royal Air Force para mulheres. Ela foi condecorada por suas realizações após a guerra. Também foi dona, brevemente, de uma empresa aérea na África do Sul, onde operava voos charter locais, mas logo retornou à Holanda e tornou-se assistente social. Ela continuou a pilotar aviões até seu falecimento em 2000.



Liane Latour

Liane Latour completou seu treinamento de voo em 1946 e foi a primeira pilota holandesa contratada pela KLM. Ela ganhou pouco mais que uma aeromoça por seus esforços. Há rumores de que a mudança de carreira de Latour tinha que permanecer em segredo, porque o diretor gerente e fundador da KLM, Albert Plesman, queria evitar transtornos. Depois que a notícia vazou, Latour foi brevemente transferida para operações de carga e aeronaves do governo. Infelizmente, depois de uma carreira no cockpit de apenas 18 meses, Latour recebeu uma carta informando que ela retomaria o trabalho como aeromoça no dia seguinte. Claramente, a emancipação no cockpit ainda estava muito distante no início dos anos 50.

 


Mulheres no cockpit

Três ondas feministas depois, as mulheres parecem ter oportunidades iguais de se tornarem pilotas. E, de fato, ao longo das décadas, muitas mulheres subiram na hierarquia para se tornarem capitães a bordo dos poderosos Boeing 747 e F16. No entanto, ainda há muito menos mulheres do que homens no cockpit. Dito isto, vamos saudar essas pioneiras pela igualdade no ar.

 

Sobre a KLM

Há 100 anos, a KLM é pioneira no setor de transporte aéreo e é a companhia aérea mais antiga que ainda opera sob seu nome original. A KLM pretende ser a companhia aérea com mais foco no cliente, inovadora e eficiente, oferecendo um serviço confiável e produtos de alta qualidade na Europa.
A KLM transportou um recorde de 34,1 milhões de passageiros em 2018, oferecendo aos seus passageiros voos diretos para 162 destinos com uma frota moderna de 214 aeronaves. A companhia aérea emprega uma força de trabalho de mais de 33.000 pessoas em todo o mundo. O Grupo KLM como um todo transportou mais de 43 milhões de passageiros em 2017. Além da KLM, o Grupo KLM inclui a KLM Cityhopper, Transavia e Martinair. A malha aérea da KLM conecta a Holanda com todas as principais regiões econômicas do mundo e é um poderoso motor impulsionando a economia da Holanda.

 

Grupo Air France-KLM

Desde a fusão em 2004, a KLM faz parte do Grupo Air France-KLM. Essa fusão deu origem a um dos principais grupos de companhias aéreas da Europa, com duas marcas fortes operando em dois grandes centros: o Aeroporto Schiphol de Amsterdã e o Charles de Gaulle de Paris. O grupo concentra-se em três atividades principais: transporte de passageiros e carga e manutenção de aeronaves. Juntas, as duas companhias aéreas transportam mais 100 milhões de passageiros por ano.
A KLM também é membro da SkyTeam Alliance global, que possui 19 companhias aéreas associadas e uma malha aérea conjunta de 1063 destinos em 173 países.
Para mais informações sobre a KLM, acesse KLM.com, KLM Newsroom, Facebook, Twitter e o Blog.

 

KLM no Brasil

A KLM opera atualmente 18 frequências semanais entre a Holanda e o Brasil — são 4 voos para Fortaleza, 7 frequências para o Rio de Janeiro e outras 7 para São Paulo.
Juntamente com a parceria global Air France e a GOL Linhas Aéreas Inteligentes, parceira desde 2014 no Brasil, as companhias já operaram mais de 1 milhão de passageiros e cobrem 99% da demanda entre o Brasil e a Europa.

Related Articles

Stay Connected

0FãsCurtir
0SeguidoresSeguir
0InscritosInscrever
- Advertisement -spot_img

Latest Articles