Com a aproximação do Carnaval, que atrai turistas do mundo todo para o país, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional alerta sobre a necessidade de toda a sociedade continuar engajada nas campanhas que combatem o turismo sexual e a exploração sexual de crianças e adolescentes. O enfrentamento ostensivo de toda cadeia produtiva do turismo vem conseguindo elevar nosso país a outro patamar no mercado internacional.
E foi justamente o engajamento da indústria do turismo, da sociedade civil e da mídia que colocou o pais na 11ª posição no levantamento “Out of the Shadows Index” (em português, Índice Fora das Sombras) criado pela “The Economist”, com o apoio da World Childhood Foundation e Oak Foundation. No índice que mede o nível de percepção que os países estão tendo do problema e que medidas estão implantando para enfrentá-lo e preveni-lo, o Brasil obteve excelente resultado, ficando com 62,4 pontos, acima da média geral dos 40 países que participaram da pesquisa e que obtiveram 55,4 pontos.
No quesito que analisa a propensão para avaliação de riscos das operações do setor privado e na comunidade, bem como prestar apoio às vítimas, o país atinge 81.3 pontos, acima da média mundial que é de 51.7 pontos. Para Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional, os resultados positivos no combate ao turismo sexual no país refletem também o engajamento dos profissionais do setor: “Esse índice é uma vitória. A hotelaria vem trabalhando com ênfase no combate ao turismo sexual com a adoção de códigos de conduta profissional bastante rígidos”, disse Linhares.
No entanto, para o presidente da ABIH Nacional, a luta contra o turismo sexual não pode parar nunca e, certamente além da ação e conscientização dos hoteleiros, são essenciais políticas públicas continuadas e específicas para auxiliar no seu combate: “De acordo com pesquisa divulgada pela Assembleia Parlamentar do Conselho Europeu, em 2017, cerca de 250 mil pessoas em todo mundo ainda viajaram para praticar o turismo sexual. Esse tipo de crime alcança todas as classes sociais e, por isso, todo o setor deve continuar atento”.