Mesmo com o difícil ano de 2016/2017 em que as crises política e econômica do país prejudicaram o antamento das micro e pequenas empresas, categoria em que se enquadram a grande maioria de agências de viagens, o presidente não teve a mesma sensibilidade que sempre tem com as grandes corporações e com os ruralistas.
Faltou ao governo ter o mínimo de bom senso no sentido de compreender que fecharam várias empresas gerando grande número de desemprego e as que conseguiram se manterem abertas sofreram grandes consequências como o endividamento, pois não foi fácil para ninguém honrar seus compromissos diante de tantos problemas decorrentes principalmente da corrupção do próprio Governo Federal e demais políticos.
Quanto ao fato das grandes empresas contarem com regalias, a análise é fácil de ser feita: Além das mesma terem lobistas diariamente visitando os gabinetes de deputados e senadores buscando benefícios para as categorias que representam, ainda tem o fato dos próprios políticos serem proprietários de muitos grupos empresariais, de forma que consigam chantagear o governo com votos favoráveis aos interesses do Palácio do Planalto.
Acredito que não seja uma questão de querer benefícios maiores ou melhores, mesmo em se tratando de empresas que geram grande número de empregos, possuem maior fragilidade financeira e quase nunca contam com benefícios do governo como linhas de crédito e financiamentos, mas seria justo e correto que as micro e pequenas empresas tivessem no mínimo a mesma atenção e os mesmos benefícios.
Basta analisar os empréstimos do BNDES que oferecem bilhões para as grandes empresas até mesmo investirem fora do país, burlando o interesse que deveria ser do Banco deixando apenas as migalhas para as empresas que de fato geram emprego e renda exclusivamente no Brasil.
Para um governo que se diz preocupado com o desemprego e que trabalha para a melhoria da economia, atitudes como essa de vetar por completo a proposta, nem ao menos flexibilizando a mesma, mostra a falta de interesse com os pequenos e micro-empresários.
Moisés Ponte para o VoeNews.
Foto: Veja
