De acordo com a assessoria do evento, são esperadas cerca de 120 mil pessoas por dia, sendo que 65% do público são de fora da cidade
Começa nesta sexta-feira (15), na capital fluminense, a 7ª edição de um dos maiores festivais musicais do mundo: o Rock in Rio 2017. O evento representa hoje um dos pontos mais importantes para o turismo carioca, sobretudo para promoção e imagem do Brasil no exterior. São esperadas 700 mil pessoas nos dois finais de semana do evento (15 a 17/09 e 21 a 24/09), entre turistas nacionais e internacionais. Dados do Centro de Pesquisa do Rio Convention & Visitors Bureau (RioCeptur), mostram que o setor hoteleiro estima uma ocupação de 90% em razão do festival, e arrecadará cerca de R$ 74 milhões.
Um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas revelou que o Rock in Rio injeta 1,2 bilhão de reais na economia do estado. Para o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, o sucesso do Rock in Rio é fundamental para se retomar o nível de interesse dos turistas internacionais que se registrou durante o ciclo de grandes eventos internacionais na cidade, concluído em 2016 com a realização dos Jogos Olímpicos. “Assim como Paris está para a França, o Rio está para o Brasil. A capital fluminense é a grande porta de entrada de turistas para o nosso País. E trabalhar pelo Rio é melhorar o Brasil”, destacou Lummertz, que estará presente para promover e apoiar o evento.
Ainda de acordo com o presidente da Embratur, há muito tempo que o Rock in Rio deixou de representar apenas um evento de música no Rio de Janeiro. “Virou marca e, com apoio do Instituto, foi exportado para três países e acumula um saldo positivo invejável em qualquer mercado internacional. Em 17 edições já foram registradas mais 8,5 milhões de pessoas”, comentou.
Uma pesquisa do Observatório do Turismo do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense, mostrou que dos 595 mil espectadores na edição de 2015, 335.104 eram turistas. Entre os estrangeiros, a maior parte veio da Argentina, México, Portugal e Inglaterra. Eles permaneceram na cidade de 7 a 8 dias, em média, enquanto os turistas nacionais ficaram, em média, de 4 a 5 dias no Rio.
Para Lummertz, com a facilitação dos vistos para visitantes internacionais – prevista no plano Brasil Mais Turismo, lançado pelo Ministério do Turismo e Embratur este ano – haverá grande incremento ao setor, como também contribuirá para fortalecer a economia brasileira, já que a pesquisa revelou que os estrangeiros permanecem mais tempo na cidade.
“Esperamos que, assim como ocorreu durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, quando a experiência no Brasil representou aumento de 55,31% no número de estrangeiros, a próxima edição do Rock in Rio seja invadida pelos visitantes de outros países”, comentou Lummertz.
O Brasil recebe a cada ano mais festivais de música. O País já é o segundo maior mercado do ramo da América Latina, atrás apenas do México, conforme pesquisa da consultoria Pricewaterhousecoopers (PwC).
Todos com o Rio
Na próxima semana, dia 24, será lançado oficialmente o “Rio de Janeiro a Janeiro”, um projeto que vem sendo desenvolvido por setores governamentais e iniciativa privada, como uma das principais soluções para desenvolver o turismo no Rio de Janeiro, a porta de entrada do País. A proposta é trabalhar 12 grandes eventos anuais, além de outros 120 (podendo chegar a 150), menores, que estão sendo mapeados para oferecer opções aos turistas durante o ano inteiro.
Dentre outras ações, que visam desenvolver o turismo no Rio, a Embratur iniciou a ação “Mais Rio, Mais Brasil”, que também integra o Brasil Mais Turismo. A portaria 82/2017 prevê, a priori, participação do Rio de Janeiro em todas as ferramentas de promoção e apoio à comercialização organizadas pelo Instituto para os próximos cinco anos (2018 a 2022). Também será garantida a oportunidade de presença do Rio nas feiras internacionais de turismo em que a Embratur participe, com isenção de pagamento de inscrições. Essa presença significa uma exposição potencial do Rio de Janeiro para público estratégico estimado em mais de 3,2 milhões de pessoas no período de 2018-2022.