Celebrações religiosas e profanas compõem a programação da Festa da Boa Morte, nesta terça-feira (dia 15), no município de Cachoeira (110 quilômetros de Salvador). Os festejos reúnem elementos da religião católica e a de matriz africana, em homenagem à Assunção de Nossa Senhora. Atraem público estimado em 30 mil pessoas, dado o reconhecimento do papel histórico exercido pelas mulheres negras do Recôncavo que atuaram na alforria daqueles que permaneciam escravizados na Bahia do século XIX.
Promovida pela Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, a celebração tem apoio das secretariais estaduais do Turismo (Setur) e da Cultura (Secult). Tornou-se atrativo turístico da cidade, que também oferece aos visitantes um rico acervo arquitetônico em estilo barroco. Na cidade, casas, igrejas, prédios históricos e a ponte Dom Pedro II preservam a imagem do Brasil Império.
Ao participar das celebrações, nesta terça-feira, o secretário do Turismo do Estado, José Alves, destacou o evento como um dos mais relevantes do calendário turístico e religioso da Bahia. “A Festa da Boa Morte une história, religiosidade e cultura popular. Atrai baianos e turistas interessados em conhecer ou revisitar as nossas tradições, com excelentes resultados para a economia do turismo”, disse, ao lado dos secretários Jaques Wagner (Desenvolvimento Econômico) e Jorge Portugal (Cultura).
Programação – Alvorada, missa solene e procissão marcam a manhã de festejos. Durante a tarde, o público participa de apresentações de samba de roda e valsa, no Largo D’Ajuda. Na quarta (16), um cozido será servido ao som de samba de roda, às 18h, no mesmo local, enquanto que na quinta-feira (17), a festa será encerrada com a oferta de caruru e mais samba, também às 18h.
Repórter: Ana Paula Cabral