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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Fifa dá ultimato e ameaça tirar Curitiba da Copa se obras não avançarem

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O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, deu um ultimato aos responsáveis pela organização da Copa do Mundo em Curitiba nesta terça-feira, 21. Se as obras na Arena da Baixada não avançarem até 18 de fevereiro, quando uma nova visita da Fifa ao estádio está marcada, a cidade pode ser excluída do Mundial. Estão previstos quatro jogos da Copa no município.

A confirmação de Curitiba como sede da Copa deverá ser feita antes do Seminário das Equipes, reunião com os treinadores de todas as seleções da Copa, que está marcado para os dias 18 e 19 de fevereiro em Florianópolis.

“O que dizer? A questão é delicada. Sejamos francos e diretos. Como devem saber, a situação atual do estádio não é do nosso agrado. Não apenas está muito atrasado, mas foge a qualquer bom cronograma de entrega para a Fifa”, afirmou Valcke, em coletiva de imprensa no início desta terça-feira.

“Não podemos organizar jogos sem estádio. É uma situação de emergência. Não queremos o estádio pronto em 18 de fevereiro, mas queremos ver progresso”, disse o secretário-geral. Ao longo da entrevista, porém, o dirigente recuou no tom das críticas e afirmou que tem confiança de que a arena ficará pronta a tempo. Segundo o Atlético Paranaense, cerca de 90% das obras foram concluídas, o que faz do estádio o mais atrasado da Copa.

“Muitas pessoas esperam vir para cá, a campeã mundial Espanha vem para cá. Então a nossa expectativa é de que as conversas que tivemos com o Governo do Estado e com a Prefeitura de Curitiba gerem resultados para que a cidade não fique fora da Copa”, disse Valcke.

Um projeto para aumentar o ritmo das obras foi apresentado a Valcke pelos governos federal, do estado e do município, além da CAP/SA, empresa criada pelo Atlético Paranaense para tocar a reforma do estádio. O plano foi dividido em três medidas principais.

Em sua conta no Twitter, Valcke escreveu que “a bola está com Curitiba e o governo para implementar essas medidas”.

Mais trabalhadores
A obra deixará de ser gerenciada apenas pela CAP/SA. Um comitê gestor, que terá, também, integrantes dos governos do Estado e do município, será o responsável por acompanhar os trabalhos na Arena da Baixada e a execução financeira do projeto. A falta de acesso a informações sobre o custo do estádio e os motivos dos atrasos é uma das críticas ao projeto curitibano.

O segundo ponto é o aumento no número de trabalhadores. A Fifa já havia recomendado que a empreiteira aumentasse em 30% a quantidade de operários este ano, o que ainda não havia sido feito. Consultor de arenas da Fifa, Charles Botta, havia pedido, semana passada, que o número de trabalhadores subisse de 1.000 para 1.500. Um terceiro turno de trabalho no canteiro de obras está sendo estudado.

A avaliação de técnicos que acompanham a reforma do estádio é que não será possível inaugurar a arena em 26 de março, como era previsto pelo Atlético. Ainda não foi divulgada nova data para a abertura do estádio.

Custo será auditado
A terceira medida anunciada nesta terça-feira foi a liberação de mais R$ 39 milhões por meio de um financiamento da Fomento Paraná, empresa do governo do Estado criada para financiar projetos no estado.

O preço do estádio é outra preocupação para quem acompanha a obra. Quando foi anunciado, em 2010, o projeto custaria R$ 135 milhões. Após sucessivas revisões, a reforma atingiu o custo de R$ 264,5 milhões. Uma auditoria independente deve ser contratada para acompanhar os custos.

“Mantido o ritmo das obras, [a arena] não ficará pronta com a qualidade e os requisitos necessários para a Copa de 2014. É uma constatação de todos os envolvidos”, disse o secretário-executivo do Ministério dos Esportes, Luís Fernandes, ao anunciar as medidas de emergência para terminar a reforma da Arena da Baixada.

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