A reunião entre representantes das companhias aéreas, aeroviários (pessoal que trabalha em terra) e aeronautas (pilotos, copilotos e comissários de bordo) terminou ontem sem acordo de reajuste salarial das categorias.
Hoje, haverá assembleias para definir se as categorias entram em greve a partir das 6h de amanhã. Pelos cálculos do governo, este será o dia de maior movimento nos aeroportos do país no período de festas de fim de ano.
Os trabalhadores querem aumento de 8%. As empresas ofereceram 5,6% para aeronautas, o equivalente à variação da inflação no período.
Para os aeroviários, foi proposto reajuste de 7% para quem ganha o piso salarial, 5,6% para os que recebem mais do que o piso até R$ 10 mil e, acima desse valor, um valor fixo de R$ 560.
No caso dos aeroviários, parte da categoria já aceitou a proposta das empresas na semana passada. São os trabalhadores de sindicatos ligados à FNTTA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos).
O acordo foi fechado com o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo, Sindicato dos Aeroviários do Amazonas, Sindicato dos Aeroviários de Minas Gerais e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Aéreas do Município do Rio de Janeiro.
O governo vai entrar na ação que deve ser proposta pelo sindicato das empresas aéreas contra a greve e prepara argumentação de que ela é ilegal. Representantes das empresas esperam que a Justiça determine que 90% dos funcionários trabalhem.
O sindicato diz que vai garantir apenas 20% da categoria trabalhando no caso de greve.