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domingo, novembro 24, 2024
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São Paulo Convention & Visitors Bureau reúne trade para o 5o Expo Fórum Visite São Paulo, com presença dos secretários estadual e municipal de turismo

Na pauta do evento, debates sobre tendências da hotelaria e do setor de feiras e eventos, associativismo, crédito para micro e pequenas empresas, aviação 

A pauta ESG perpassou boa parte das apresentações realizadas hoje (20), durante a quinta edição do Expo Fórum Visite São Paulo. Toni Sando, presidente executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau, entidade organizadora do evento, destacou o lançamento da Cartilha Room Tax, que tem como foco aumentar o fluxo de turistas para o Estado, e do Painel de Monitoramento de Eventos de São Paulo (Pamesp), além de informar que o Expo Fórum teve sua emissão de carbono integralmente neutralizada.

Outra apresentação sobre o tema foi a de Alexis Pagliarini, da ESG4 que, ao lado de Fernando Guinato, do Sheraton, destacou que “ESG está se tornando um conceito efetivo, que melhora a produtividade das empresas e deve ser encarado como benefício”. Ele disse ainda que “ESG é como ter a melhor administração da empresa”. Guinato relatou a experiência de implantação de uma ação de saúde mental na empresa por adesão. “Quando o programa foi encerrado, 93% dos funcionários haviam participado”, afirmou, ressaltando que, agora, a ação vai incluir prestadores de serviços terceirizados.

Ao apresentar as Tendências do Setor de Feiras, Paulo Ventura, da Ubrafe, destacou que uma delas é o fato de a pauta ESG já integrar a composição dos eventos, até dos mais complexos. Ele também salientou a importância de buscar mais o Retorno sobre o Relacionamento em detrimento do Retorno sobre o Investimento.

Associativismo

Carolina Negri (Sindepat) e Sergio Souza (Resorts Brasil) abordaram a importância do associativismo, destacando que é a única forma de as empresas da cadeia do turismo “terem voz”. Lembraram que, durante a pandemia, os setores de turismo e eventos foram os mais fortemente impactados e os grandes desafios foram a manutenção dos empregos, parcialmente solucionada com a redução de salários. As soluções se apresentaram com linhas de crédito e trégua fiscal, “tudo fruto do associativismo”.

Sobre a reforma tributária, Souza diz que ela pode impactar o setor e que é o momento do setor se unir para pressionar por tratamento diferenciado, já que representa 10,4% do PIB.

 

Tendências da Hotelaria

Orlando de Souza, do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, apresentou um estudo realizado em março deste ano sobre o setor. Ele destacou que, em razão da pandemia, muitos projetos hoteleiros foram suspensos e houve redução no número de novos hotéis implantados nas redes  – foram 108 e o total de unidades, de 17.923.

Souza afirmou que a previsão de investimento para novas aberturas até 2027 é de R$ 5,7 bilhões, a serem aportados pela iniciativa privada. Ele disse ainda que 35% dos lançamentos devem ser de hotéis econômicos e supereconômicos, principalmente em cidades com até 100 mil habitantes e que  as regiões Sul e Sudeste continuam a ser as mais escolhidas para as novas aberturas.

Políticas públicas para turismo da cidade de São Paulo

O secretário municipal de Turismo, Rodolfo Marinho, informou que a capital teve receber, este ano, 16,9 milhões de turistas em razão de feiras e eventos. Segundo ele, a arrecadação de ISS do turismo em 2023 deve atingir R$ 600 milhões – nos primeiros quatro meses do ano foi de R$ 208 milhões, o que, para ele, “mostra a consolidação do turismo paulistano”.

Marinho afirmou ainda que o orçamento da pasta deste ano é de R$ 400 milhões e que a arrecadação de ISS devolve à cidade o que ela investe. Ele anunciou uma novidade, que é a criação da Guarda Turística no triângulo histórico de São Paulo, com 70 profissionais bilíngues e com preparo em receptivo. Segundo o secretário, nos primeiros seis meses deste ano, foram realizados, na capital, 1.081 eventos e 274 festas juninas e que a taxa média de ocupação em março foi de 77,08%. E conclamou  trade a colaborar na realização da 2a Conferência Internacional de Turismo no final de outubro.

 

A aviação no Brasil

Rui Amparo (Abear) e Ronei Glanzmann (Aeroporto de São José dos Campos) destacaram o fato de que os aeroportos de São Paulo estão saturados, caso de Congonhas, ou com pouco espaço para crescer, como Guarulhos e da necessidade de mais pistas em Viracopos.

Glanzmann destacou que esses três aeroportos representam cerca de 30% do movimento no Brasil, razão pela qual é imperiosa a implantação de um quarto terminal em São Paulo. E lembrou que o Aeroporto de São José dos Campos, concedido à iniciativa privada no ano passado por um prazo de 30 anos, tem “capacidade de atender o trade”. A cidade tem um bom sistema viário, segundo ele, um parque industrial importante e, com os investimentos previstos, o aeroporto pode atender 10 milhões de passageiros.

 

Políticas públicas para o Turismo do Estado

Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, informou que “o setor é um bom negócio, prova disso é que responde por 9,2% do PIB do Estado e emprega dois milhões de pessoas. Disse que a previsão para esse ano é que São Paulo receba 44 milhões de turistas, dois milhões dos quais oriundos do exterior.

Entre as ações da pasta para incrementar o setor, Lucena destacou crédito para o turismo, a ser anunciado em 30 dias, com oferta de R$ 4 bilhões para destinos e a iniciativa privada; programa Academia do Turismo para a formação de profissionais em vários níveis; programa de valorização da gastronomia; promoção nacional e internacional do setor, entre outras medidas.

 

Crédito

Milton Santos (ACCredito), Antonia Tallarida (DesenvolveSP) e Eduardo Monteiro (InvestSP) abordaram o tema do crédito como acelerador da atividade turística. Antonio afirmou que um dos grandes problemas na concessão de recursos têm sido as garantias e a dificuldade na prestação de contas, o que acarreta juros mais altos. Para ajudar as pequenas e médias empresas, a DesenvolveSP flexibiliza as garantias com fundos garantidores e o crédito está atrelado a INPC e não à Selic, o que representa um taxa subsidiada de 8% ao ano.

Santos informou que um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostrou que uma solução inovadora é a inclusão de fintechs na concessão de crédito. Esse é o caso da ACCredito, uma fintech autorizada pelo Banco Central, controlada pela Associação Comercial de São Paulo e que, em quase três anos, criou várias linhas de crédito para micro e pequenas empresas. Para acessar as linhas, os interessados podem entrar no site e, por meio da inteligência artificial, processar as informações em minutos.

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