Quem viaja coleciona momentos, memórias e movimenta a economia de todo o país. Hoje, o MTur homenageia e agradece os turistas, que são os responsáveis por fazer o turismo acontecer
Já dizia o trecho de um texto de Amyr Klink: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser”. Com essas palavras o Ministério do Turismo celebra, nesta terça-feira (13.06), o Dia do Turista, homenageando e agradecendo aqueles que fazem o turismo acontecer.
Para isso, a Agência de Notícias do Turismo conversou com quem mais entende do assunto: turistas amantes do Brasil. A entrevista aconteceu com pessoas que, de tão apaixonadas pelo setor, deixaram registradas em suas vidas, seja por meio de memórias, objetos, histórias e até mesmo tatuagens, os momentos especiais que o turismo lhes proporcionou.
Confira as histórias desses turistas e tenha como inspiração roteiros, momentos e memórias que só uma viagem pode trazer:
MARCADO NA PELE – Victor Alves é amante do turismo “desde que se entende por gente”, como ele mesmo relata. O jornalista (que, inclusive, atua no segmento turístico) explica que foi a curiosidade de conhecer novos lugares a responsável por fazer com que ele realizasse a primeira viagem e nunca mais parasse. “Já viajei com a minha mãe, irmã, amigos, namorado e com toda a minha família, seja de carro ou avião”, relata.
Victor conhece quase todo o país e já visitou destinos como Rio de Janeiro (RJ) Arraial do Cabo (RJ), Natal (RN), Pipa (RN), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Maceió (AL), Maragogi (AL), Caldas Novas (GO), Porto Seguro (BA), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM). As experiências vividas nesses locais foram eternizadas na pele, quando, em 2022, o jornalista fez uma tatuagem com o formato de um avião em pleno voo. “Para mim, é uma tatuagem que me define muito e que tenho muito apreço”, explica.
O viajante costuma também colecionar objetos que tenham a ver com as lembranças deixadas pelos destinos. “Em casa, tenho um monte de canecas e imãs de geladeira de diversos destinos do Brasil. A minha meta é ter pelo menos um de cada estado. Sem contar nos artesanatos de decoração. Digo que minha casa traz um pedaço de cada canto do Brasil”, finaliza.
TURISTAS NO PLURAL – A moradora de Brasília (DF), Lyvia Poliana Montoril sonhava, desde criança, em desbravar o Brasil e o mundo, e realizou esse sonho levando a família junto e transformando a palavra “turista” em “turistas”. Agora, a “carteirinha de turismo” é carimbada por ela, o marido e os dois filhos, que se jogam pelo Brasil e pelo mundo em busca de aventuras. Junto com a família, a funcionária pública já viajou por 16 estados e conheceu diversos destinos nacionais.
Intitulados por Lyvia como “viciados em viajar”, os Montoril têm memórias marcantes para relembrar, como o dia em que o filho de Lyvia voou de parapente em Canoa Quebrada (CE) – Davi tinha 3 anos de idade. Ou quando a filha Luiza saltou de um pêndulo em uma cachoeira de Mambaí (GO) com apenas 10 anos.
Com tantos destinos que oferecem adrenalina, a família tem um “método” nada convencional para escolher o próximo roteiro: eles rodam o globo giratório para decidir os próximos destinos, seja no Brasil ou no mundo, e todos participam da escolha. “Quando viajamos, às vezes trago canecas ou souvenirs, mas gosto mesmo é de tirar muitas fotos e ficar revendo com a família”, explica a mãe turista. As recordações das viagens ficaram tão marcantes que Lyvia e a filha resolveram compartilhá-las nas contas de Instagram belaviajadaedoar e luiza. montoril.
VAI E NÃO VOLTA – Nivaldo Soares Junior é apaixonado pelo turismo de natureza. E quando falamos apaixonado, é apaixonado a ponto de ir para um destino com passagem de ida e volta, mas acabar não voltando. “Uma vez comprei passagem para o Mato Grosso para um passeio específico, mas quando me dei conta percebi que o estado tinha o Pantanal, a Chapada dos Guimarães e vários outros lugares, então, uma viagem que era de apenas uma semana se transformou em 1 mês”, relata o comerciante.
É que na cabeça de Nivaldo ele não pode perder a oportunidade, pois não sabe quando vai voltar. “Isso acontece em praticamente todas minhas viagens: me organizo para ir a um lugar, vejo que é perto de outro e resolvo esticar. Daí pego ônibus, aplicativos de carona, barcos, motos, lotações… eu dou um jeito e, nessa, acabo perdendo a passagem de volta, porque sempre vou esticando e vai se transformando em aventuras”, conta.
Nivaldo é um turista “raiz” há 5 anos. Além da natureza, ele gosta de conhecer as pessoas e registrar histórias de vida que geralmente estão ligadas à natureza. Nivaldo, que mora em Recife (PE), já visitou destinos das cinco Regiões brasileiras, sendo esses locais destinos conhecidos pelo turismo e também locais conhecidos pelo turismo e cidades menores ou mais interioranas.
Para eternizar fisicamente as memórias de ser um turista, o comerciante tenta trazer algo que represente a natureza da viagem ou do destino visitado, como artesanatos típicos ou pouquinho dos elementos da própria natureza, como terra, folhas, conchas, cipós, paus e pedrinhas.
SER TURISTA É LIBERTADOR – Ser turista é para todos, vai além de apenas viajar em si e quem diz isso são os próprios viajantes.
Ser turista é sentir paz: “Viajar é algo libertador e enriquecedor. Penso que tudo que gastamos com viagens retorna para a gente em tranquilidade e paz para a alma e para a mente. Pegue a sua mala e vá conhecer o Brasil!”, afirma Victor Alves.
Ser turista é encurtar diferenças: “São pessoas, são culturas, são realidades de um país gigante. Quando descobrimos as diferenças de cada região, diminuímos certos tipos de preconceitos e integramos de verdade a gente como um país. Existem muitos ‘brasis’ no Brasil e eles devem ser conhecidos por todos”, explica Nivaldo Junior.
Ser turista é estar aberto ao novo: “Viaje mesmo que para poucos quilômetros de casa, pois há muito o que descobrir. Perceba os detalhes, converse com as pessoas, coma onde os locais comem, viaje sem pressa. Viajar é um estado de espírito e tem que ir leve, não esquentar com pequenos contratempos que podem acontecer. Você vai voltar muito rico de lembranças e histórias para contar”, relata Lyvia Poliana.