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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Reservas apontam maior permanência dos turistas

O verão é uma estação sempre associada a férias e descanso. No Rio de Janeiro, no entanto, ela pode vir acompanhada de outras duas palavras não menos importantes: desenvolvimento econômico. Só a festa da virada, por exemplo, trouxe para a cidade mais de R$ 2 bilhões em negócios e gerou R$ 14,2 milhões em imposto para os cofres públicos.

Os dados de impacto econômico foram consolidados em um estudo do IFec-RJ (Instituto Fecomércio de Pesquisas de Análises) a partir de apuração nas fontes oficiais do setor. O Instituto também realizou uma sondagem, entre os dias 22 e 28 de dezembro, com 450 empresários sobre a relevância da festa do Réveillon para a cidade. Para 83,01% dos entrevistados a data é considerada extremamente importante (53,01%) e muito importante (30%).

O bom desempenho já vinha sendo sentido pelo setor hoteleiro. Antes do Réveillon, a expectativa era voltar a níveis pré-pandemia, graças ao arrefecimento desta e ao trabalho conjunto realizado entre o setor hoteleiro, Fecomércio RJ, Secretaria Estadual de Turismo e TurisRio em campanhas junto aos destinos emissores.

Esse movimento teve impacto na procura por passagens aéreas: segundo levantamento do Ministério do Turismo, houve alta de 220% na busca por passagens ou pacotes para viagens, nacionais ou internacionais, nos períodos de Natal e Réveillon, em comparação com o mesmo período de 2021. Na liderança das buscas, Rio de Janeiro. E os números não decepcionaram: na noite da virada os hotéis da capital fluminense registravam 98% de ocupação, conforme pesquisa divulgada pelo Hotéis Rio (Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município).

Segundo a Riotur, estiveram presentes à celebração, a segunda mais importante do calendário turístico da cidade, cerca de 3 milhões de pessoas. Esse movimento injetou aproximadamente R$ 2 bilhões em atividades turísticas como hotéis, bares e restaurantes e gerou receita de R$ 14,2 milhões em ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), de acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação.

Nesse réveillon foi observado um período maior de estada – em média 6 noites, tanto para turistas nacionais como para turistas estrangeiros. O movimento das reservas percebido pela ABIH-RJ (Associação de Hotéis do Estado) aponta que, em alguns casos, os turistas nacionais chegaram a permanecer na cidade em torno de uma semana e os estrangeiros por cerca de 15 dias, aproveitando o tempo de viagem para conhecer outros municípios do estado próximos à capital.

De acordo com o presidente do HotéisRIO e conselheiro da ABIH-RJ, Alfredo Lopes, é possível observar essa mudança de comportamento dos hóspedes no pós-réveillon. “São turistas em férias e sua permanência é maior do que cinco dias, eles vêm com a família e procuram por passeios turísticos e culturais. Por isso a cidade mantém a efervescência de estar cheia e deve seguir assim até o carnaval em fevereiro”, comemora.

Entre as origens dos turistas estrangeiros destacam-se norte-americanos, argentinos, chilenos, britânicos e franceses. Alfredo Lopes comemorou o retorno desses visitantes. “Foi uma surpresa agradável observamos que 25% dos visitantes eram estrangeiros – no Réveillon anterior representaram somente 10%. Isso é muito expressivo, voltamos a níveis pré-pandemia”, afirmou.

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