O presidente da Embratur, Flávio Dino, propôs criar um teto para o preço das passagens aéreas durante o período da Copa do Mundo.
Dino disse que levará a proposta ao ministro da Aviação Civil, Moreira Franco.
Ontem, a Folha revelou que as passagens para cidades da Copa estão até dez vezes mais caras. “Preços altos comprometem o esforço de preparação do governo”, disse.
Já Moreira Franco afirma que o governo não pode impor teto –desde 2001 vigora o regime de liberdade tarifária, pelo qual cada empresa é livre para definir sua tarifa.
O que o governo pode fazer, diz, é pedir às companhias que adotem preço “razoável”. O assunto será tema de reunião dia 22.
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) diz que, graças à liberdade tarifária, o valor das passagens caiu e mais brasileiros puderam viajar de avião. Se analisada ao longo dos anos, a política é vantajosa ao consumidor, diz a Abear.
“Essa trajetória deixa nítidos os benefícios da livre concorrência entre as empresas para a ampliação da oferta e diminuição dos preços das passagens aéreas para os consumidores brasileiros.”
Uma medida que ajudará a reduzir os preços, diz, é a mudança na fórmula de preço do combustível –mais caro aqui do que no exterior– e na alíquota de ICMS, de 25% na maioria dos Estados.
Ontem à noite a Avianca baixou para R$ 520 o preço da ponte aérea para a abertura e a final da Copa. Até então o bilhete custava até R$ 2.923.