CAPA Latin America Summit vai reunir executivos das principais empresas de aviação do mundo no Centro de Convenções da capital baiana
FOTO: Will Recarey
Salvador sediará um evento inédito no Brasil: a CAPA Latin America Aviation &
A conferência internacional é produzida pela CAPA – Centre for Aviation, um dos maiores fornecedores globais de dados e inteligência de mercado para as indústrias de aviação e turismo. Todo ano, representantes de companhias aéreas, aeroportos e outros players do mercado se reúnem nos eventos produzidos pela organização para debater desafios e tendências de mercado, fazer benchmarking, networking e, é claro, fechar negócios.
Durante dois dias estarão na cidade executivos e planejadores de malha de grandes companhias. Já estão confirmadas as presenças dos CEOs das brasileiras GOL e Azul, da Latam Brasil, da colombiana Ultra Air, da argentina Flybondi, da portuguesa TAP e da equatoriana Equair, além de executivos da alemã Lufthansa, da American Airlines e da Avianca.
“É uma oportunidade única. Vamos abrir os olhos do mundo para Salvador. Sediar um evento internacional é afirmar que nossa capital está preparada para ser inserida no roteiro de grandes eventos coorporativos, buscando cada vez mais espaço no turismo de negócios”, ressalta a titular da Secult, Andrea Mendonça. Ela reforça que a vinda de um evento desse porte será muito importante para que as companhias aéreas internacionais tenham interesse de voar para o destino Salvador.
No último verão antes da pandemia, a capital baiana vivia um momento único depois de intensos investimentos na infraestrutura turística e de um trabalho de marketing internacional realizados pela Prefeitura em parceria com entidades do trade turístico. Em 2019, a cidade contabilizou 58.033 voos e 7,4 milhões de passageiros transportados. Ainda naquele período, 9,9 milhões de turistas chegaram à cidade (por vias aérea, terrestre e marítima), culminando numa taxa média de ocupação hoteleira de 63,53%. A receita turística gerada foi de R$13,3 bilhões.
Atualmente, o setor já demonstra sinais de retomada e de crescimento depois de mais de dois anos de crise sanitária. Comparando o ano passado ao de 2020, que foi marcado pela alta de casos de Covid-19, lockdowns e suspensões de atividades não essenciais, o volume de tráfego de voos cresceu 46,3%, assim como os números de passageiros transportados (45,1%), taxa média de ocupação (50,21%) e fluxo turístico (41,8%). A receita turística gerada em 2020 foi de R$6,1 bilhões e em 2021, R$9,2 bilhões, registrando aumento de 50,09%.
Particularmente em Salvador, a recuperação se demonstrou uma oportunidade em termos de oferta de voos. Após a pandemia, a oferta na capital baiana ficou mais diversificada, com rotas disponíveis para todas as regiões do país. O Salvador Bahia Airport ganhou um hub da GOL e a entrada de um novo operador regional, a Abaeté Linhas Aéreas. O desafio é replicar esse fenômeno na malha internacional, cuja recuperação anda a passos mais lentos globalmente. O Brasil não é uma exceção. Segundo dados da própria CAPA referente a Maio de 2022, o volume de tráfego internacional no país como um todo ainda está 31% abaixo do que era no pré-pandemia, o que demonstra que há um espaço a ser ocupado.
“Salvador tem se mostrado um destino resiliente e com grande potencial. Mesmo no período pandêmico inauguramos rotas novas domésticas, como as com destino a Palmas, Belém, Campo Grande e Morro de São Paulo, e temos mantido um passo satisfatório de recuperação. Essa união de forças com a Prefeitura vai contribuir para que sigamos o mesmo caminho com o tráfego internacional, cuja recuperação se dá em um ritmo mais lento”, sinalizou o gerente de marketing e Promoção Aérea do Salvador Bahia Airport, Marcus Campos.
Um dos objetivos de trazer o evento da CAPA para Salvador é atrair novas companhias e destinos, já que os mais tradicionais, Lisboa, Buenos Aires e Madri já estão de volta e com aumento progressivo de demanda. Marcus acrescenta que o aeroporto da capital baiana ainda tem o destaque de ser reconhecido como o Aeroporto Mais Sustentável do Brasil, em um momento em que companhias aéreas brasileiras e estrangeiras estão empregando inúmeros esforços para reduzir suas emissões de carbono, tanto diretas quanto indiretas.