A Gol anunciou um novo modelo para contagem de milhas, em que as tarifas promocionais não passarão a acumular pontos. A empresa afirma que a mudança recompensará os clientes mais fiéis.
Nos voos domésticos, o cálculo levará em conta o valor da passagem, em vez da distância do voo como é atualmente. Já nos voos internacionais, a referência continuará sendo a distância. As novas regras passarão a valer para as compras feitas a partir de 10 de outubro, acrescentou a companhia em comunicado.
“Com a mudança, os clientes serão estimulados a acumular mais milhas voadas e resgatar bilhetes prêmio com maior frequência”, disse a empresa.
Novas regras
Para as passagens domésticas, cada R$ 1 gasto pelo passageiro será convertido em 3 milhas na tarifa flexível ou 2 milhas na tarifa programada. As tarifas promocionais não vão mais acumular milhas. Segundo a Gol, elas “já oferecem benefícios nos preços”.
Hoje, o cliente que compra passagens promocionais ganha 30% das milhas por trecho voado.
Nos voos internacionais a mudança ficou por conta do número mínimo de milhas recebidas. Serão 5.000 milhas em voos para os Estados Unidos, 3.000 milhas para a América Central e 1.000 milhas para destinos na América do Sul.
“Para voos codeshare (em que há compartilhamento com outras companhias), não existe mínimo, porém as conexões também serão consideradas para o acúmulo de milhas”, informou a Gol.
Na tarifa promocional e programada, os clientes de voos internacionais receberão o piso. Na tarifa “flexível”, ganharão 25 por cento a mais sobre o patamar mínimo. O acréscimo será de 50% na tarifa “comfort”, mais cara.
A Gol afirmou que clientes Smiles Diamante da companhia passarão a acumular no mínimo 1.000 milhas em qualquer voo da empresa, exceto para as tarifas promocionais nos voos dentro do Brasil.
A concessão de bônus por categoria de fidelização continua sendo contemplada na política de milhagem: os clientes Smiles Diamante recebem 100% a mais sobre as milhas acumuladas, os clientes Ouro ganham 50% a mais e os clientes Prata, 25%.
Redução de custos
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou no final de agosto que a empresa poderia intensificar corte de oferta de assentos por causa da alta do dólar contra o real frente a um nível fraco de atividade econômica do país.
A Gol tem reduzido oferta em voos domésticos desde 2011 diante de alta nos preços do combustível de aviação, agravada pela valorização do dólar. A meta da empresa é reduzir capacidade em 9% este ano.
Fonte: Oul