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domingo, novembro 24, 2024
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Contagem regressiva para férias? Comece com o planejamento

A atualização do cartão de vacinas é uma prioridade para uma viagem sem preocupação

O tempo voa e as férias escolares do meio do ano já estão chegando. Esse é o momento de organizar roteiros, preparar as malas e embarcar rumo a um novo destino para curtir o merecido descanso de inverno. Para que o lazer seja tranquilo e prazeroso é preciso estar atento a todos os detalhes e uma das prioridades é colocar o cartão de vacinação em dia. Alguns estados brasileiros, assim como países do exterior, exigem a apresentação da caderneta de imunização atualizada para determinadas doenças imunopreveníveis, a fim de evitar a transmissão de enfermidades.

“Em casos de viagem, o ideal é tomar as vacinas com antecedência para que o organismo esteja protegido antes da viagem. A Hepatite A, por exemplo, precisa de duas doses com um intervalo de um mês. Já a da febre amarela precisa ser tomada em até 10 dias antes da viagem”, explica Claudilson Bastos, infectologista do Grupo Sabin.

Entre os imunizantes recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para proteção nas viagens são: gripe; febre-amarela; Hepatites A e B; rotavírus, pentavalente, Tétano, Difteria, Tríplice Viral, gripe, entre outras. Cada imunizante possui seu próprio esquema vacinal. É importante checar se a vacina possui a necessidade de uma segunda dose e qual o intervalo necessário.

Atenção ao destino

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as vacinas salvam a vida de mais de 3 milhões de pessoas anualmente. Por isso, além de proteger o turista, a vacina resguarda a população local. “A imunização é um meio do país de destino se precaver de visitantes estrangeiros que possam levar doenças para o seu território”, explica Carlos Eduardo Pereira, Diretor Executivo da Bancorbrás Turismo. Por isso, sem as devidas vacinas o viajante corre o risco de não embarcar. Há países na América do Sul e em outros continentes que solicitam também o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP).

Para o executivo, a atenção precisa ser maior para os destinos internacionais: “O Certificado Internacional de Vacinação deve estar em mãos no momento do embarque. É obrigatório, mesmo em casos de escala e caso o país exija, estar com suas vacinas em dia”, comenta o Diretor.

Alguns destinos nacionais e internacionais exigem a vacinação contra o SARS-CoV-2 para entrada e apesar de não existir uma normativa internacional publicada, grande parte dos países estão aceitando o Certificado Nacional de Vacinação contra a COVID-19, emitido pelo Ministério da Saúde, como comprovante. “Vale lembrar que não só países e cidades, alguns passeios exigem o certificado de imunização e é importante atentar-se a isso no momento de preparação do roteiro”, reforça Carlos Eduardo.

Na Europa, brasileiros vacinados contra a covid-19 podem entrar em 44 países sem restrições. “Isso significa que nesses lugares não é mais necessário apresentar teste negativo para a doença ou realizar quarentena ao ingressar no território”, explica o Diretor. Apenas 5 países ainda adotam pré-requisitos para a entrada de brasileiros, como resultado negativo para doença. São eles: Grécia, Lituânia, Portugal, Rússia e Sérvia.

 

Veja as principais vacinas para quem vai viajar:

VACINAS

ESQUEMAS E RECOMENDAÇÕES

VACINAÇÃO DE ROTINA

dTpa

Difteria, Tétano e Coqueluche

Tríplice Bacteriana Acelular Adulto

dTpa – VIP

Difteria, Tétano e Coqueluche acelular e Poliomielite

dT

Difteria e Tétano

Dupla Adulto

Com esquema de vacinação básico completo: reforço com dTpa a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com dT de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.

Não vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0 – 2 – 4 a 8 meses.

Para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica: recomenda-se a vacina dTpa – VIP. Caso não esteja disponível a vacina, não deixar de vacinar com dTpa.

Hepatites A, B ou A e B

Hepatite A: duas doses, no esquema 0 – 6 meses.

Hepatite B: três doses, no esquema 0 – 1 – 6 meses.

Hepatite A e B: três doses, no esquema 0 – 1 – 6 meses.

HPV

Três doses no esquema 0 – 1 a 2 – 6 meses.

Influenza

Gripe

Dose única anual.

Tríplice Viral

Sarampo, Caxumba e Rubéola

Duas doses da vacina acima de um ano de idade, com intervalo mínimo de um mês entre elas

Varicela / Catapora

Em situação de risco: duas doses com intervalo de 1 a 2 meses.

USO RECOMENDADO PARA VIAJANTES

Hepatite A

Duas doses no esquema 0 – 6 meses.

ACWY

Meningocócica

Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerá da situação epidemiológica.

Meningocócica B

Duas doses com intervalo de um a dois meses. A indicação dependerá da situação epidemiológica.

Febre Tifoide

Uma dose: a indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerá da situação epidemiológica.

Reforço: se necessário 3 anos após a primeira dose.

Febre Amarela

Dose única. Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

Anti-Rábica

Raiva

É indicada para proteger aqueles que estão em risco de exposição à raiva, ou seja, a vacinação pré-exposição.

A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerá da situação epidemiológica.

VACINAÇÃO EXIGIDA

Febre Amarela

Dose única.

É a única vacina que pode ser exigida internacionalmente.

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