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domingo, novembro 24, 2024
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Parceiros do Sebrae são destaque no Prêmio Nacional do Turismo

Pequenos negócios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram reconhecidas por suas iniciativas de turismo sustentável e inclusivo

O Salão Nacional de Turismo, que ocorreu entre os dias 15 e 17 de dezembro, em Brasília, teve como um dos seus principais momentos a entrega do prêmio que reconheceu o trabalho e a contribuição de profissionais, gestores e empresários para o desenvolvimento da atividade no país. O Prêmio Nacional do Turismo 2023, promovido pelo governo federal, teve entre os vencedores três projetos parceiros do Sebrae.

Entre os premiados está Mário Carvalho, primeiro colocado na categoria Micro e Pequenos Empreendedores e MEI. Ele é CEO da Vida Cabocla Experiências e da Filha do Combú Chocolates e conquistou a premiação com o roteiro de turismo associado à produção do cacau e do chocolate na Ilha do Combú, em Belém (PA). “Em 2012 começamos a melhorar os roteiros, incluindo vivências em que as pessoas podiam ir até lá ver como era a fabricação e produzir o próprio chocolate. Fizemos vários tipos de roteiro que hoje se desenrolam na Casa do Chocolate. Agora, já temos uma diversidade de roteiros que fortalecem o turismo local”, conta.

O empreendedor espera que, com o reconhecimento, mais olhares se voltem para a Ilha. “Nem tanto pelo fluxo de pessoas, mas que os turistas que buscam o local também estejam interessados nas propostas ligadas à sustentabilidade. Queremos aumentar o número de pessoas que pensam dessa mesma forma. Esse prêmio pode dar uma guinada no direcionamento das políticas públicas na perspectiva de fortalecer os pequenos produtores da Ilha”, comemora.

Outro empreendedor homenageado com o Prêmio é Rudã Fernandes. É ele quem está à frente da Biofábrica de Corais, localizada em Recife (PE). Rudã ficou em primeiro lugar na categoria Turismo Sustentável e Ações de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas. O negócio é uma startup de restauração de recifes que desenvolve uma série de atividades que envolvem a educação ambiental e a utilização de ferramentas biotecnológicas para gerar processos e serviços que favoreçam a restauração dos recifes, através do cultivo de corais.

“A Biofábrica busca integrar atividades científicas com atividades tradicionais para escalonar suas ações ao mesmo tempo que possibilita a geração de novas atividades econômicas”, comenta. Para Rudã, receber um prêmio nacional significa o reconhecimento de sua jornada. “Coroa todo nosso esforço ao longo dos últimos anos. E é uma excelente vitrine para o nosso trabalho, ao mesmo tempo que indica ao mercado que a nossa perspectiva está muito alinhada com o que pode ser o futuro do mercado”, acrescenta.

Na categoria de Turismo de Base Comunitária e Turismo Local, quem recebeu o maior prêmio foi a Associação Kalunga Comunitária do Engenho II. O presidente, Adriano Paulino, conta que por lá toda comunidade participa da iniciativa, fazendo a economia girar. “A gente gerencia os atrativos dentro do quilombo Kalunga. Lá começa a integração, desde o restaurante, o translado, os guias, é uma cadeia completa”, explica.

Paulino destaca que o turismo de base comunitária ainda está em fase de fortalecimento e a premiação em nível nacional servirá para acelerar ainda mais essa consolidação. “A importância desse reconhecimento é gigante pelo fato de termos aproximadamente 20 anos de história, todo esse tempo trabalhamos para chegar nesse patamar. O prêmio, para nós da comunidade, é algo inédito e importante porque é a nossa primeira premiação, ficamos muito felizes”, comemora.

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