Um dos primeiros Tripulantes a fazer o check-in, Antonio Dibai decola na companhia desde 2009 e, como gestor, acumula na bagagem uma trajetória marcada por conquistas que o transformaram em referência dos valores da companhia.
Para ele, todo profissional precisa ser visto, antes de tudo, como pessoa. E só pessoas bem tratadas e bem treinadas entregam alta performance.
São Paulo, 7 de dezembro 2023 – Para o novo diretor de Pessoas da Azul Linhas Aéreas, você só conhece de fato um profissional – e entende habilidades e potenciais a serem desenvolvidos – quando está aberto a ouvir e a descobrir sua trajetória pessoal. “Quer conhecer seu colega de trabalho, peça para ele compartilhar um pouco de sua história de vida”, ensina Antonio Dibai, 39 anos, na companhia desde maio de 2009 e recém-promovido ao cargo.
A máxima criada por Dibai sempre fez sentido em suas experiências e observações como gestor. E também serve, segundo ele, para explicar seus próprios avanços, desenvolvimento e suas decisões ao longo da carreira. O executivo faz questão de resgatar de suas memórias pessoais — desde as mais antigas — as influências, inspirações, os conhecimentos e o repertório que o ajudaram a construir seu perfil e histórico profissionais.
Nascido em Porto Seguro, o baiano Dibai lembra que sempre foi um líder nato, aquele menino que era escolhido todo ano como representante de classe, o presidente do grêmio estudantil, quem liderava as brincadeiras na infância ou os grupos de trabalho na adolescência… “Uma liderança participativa e acolhedora”, lembra, ao contar sobre sua primeira experiência profissional.
O executivo acredita que sua habilidade em lidar com as pessoas, na profissão, começou logo cedo, por volta dos 17 anos, em aldeias indígenas. “Trabalhava como trainee em uma ong que cuidava da comunidade indígena da região. Minha função era passar o dia em cada aldeia para entreter os filhos, crianças e jovens, em oficinas educativas e de esporte”, explica.
O cuidado e a educação como oportunidades para superar desafios e motivar o desenvolvimento pessoal, em todos os aspectos da vida, ficou ainda mais evidente para o jovem aprendiz nessa fase. Mas Dibai já sabia disso há algum tempo, por experiência própria. Sua irmã mais velha, professora, e o cunhado não tiveram filhos e decidiram proporcionar oportunidades importantes de estudo para ele. O executivo sempre estudou em colégios particulares e se formou em Administração com Habilitação em Marketing, graças à ajuda financeira deles.
Dibai era a prova viva de outra máxima que iria acompanhá-lo em toda a sua trajetória profissional e que ele até apelidou de “a regra dos dois ‘T’s: pessoas bem tratadas e bem treinadas geram alta performance”. “Não tem erro”, atesta. Seu crescimento e suas conquistas no setor de aviação só comprovam essa sua teoria. E, adotá-la na prática, em várias situações como gestor, foi, aliás, o que o levou até o cargo de diretor de Pessoas na Azul.
Quando o executivo começou a voar
A primeira experiência profissional foi no setor de aviação (de onde ele não sairia mais). Sem qualquer planejamento, só mesmo porque soube de uma oportunidade de emprego, Dibai se candidatou ao processo seletivo para auxiliar de aeroporto em uma das aéreas concorrentes da Azul. Chegou atrasado na fase final, no dia das dinâmicas de grupo, mas seu jogo de cintura, suas habilidades demonstradas e sua liderança nas atividades surpreenderam e ele ficou com a vaga.
Além do trabalho das 23h00 às 5h da manhã, fez questão de atuar como agente multiplicador do Nordeste, dando aulas de sistema, como voluntário, para os times da região. Em pouco mais de dois anos, sua forma de trabalhar ficou conhecida e bem aceita, e ele passou a supervisor e, em seguida, gerente de aeroporto em Porto Seguro. Em 2009, liderava uma equipe de 40 profissionais, já havia conhecido em outra área da companhia a “mulher mais linda do planeta” e, embora nem imaginasse, a que seria também “a mulher da sua vida”, mas ele ainda estava muito distraído e de olho em uma novidade que movimentava o setor no Brasil.
A Azul Linhas Aéreas – que vai completar 15 anos agora em dezembro — tinha só alguns meses de operação no país e já estava atraindo experientes profissionais para seu quadro de Tripulantes, como a companhia sempre se referiu a seus colaboradores. Dibai acabou sendo um desses candidatos a Tripulante. E deu certo. Ele recebeu e aceitou o convite para ser o primeiro gerente de aeroporto da Azul na base de Recife (PE) – quando só havia até então essa base da companhia e mais duas – a de Campinas (SP) e a de Porto Alegre (RS).
Foi ele quem ajudou a criar o primeiro Manual Geral de Aeroportos da Azul e, analisando seus 14 anos desde o seu check-in na companhia, Dibai hoje tem certeza de que tomou a melhor decisão de sua carreira – por várias razões e conquistas acumuladas em todos esses anos.
Para citar algumas das principais, o executivo começa com uma bem pessoal. Foi só depois que ele saiu da concorrente e, portanto, do mesmo ambiente de trabalho da moça por quem se apaixonou, que ela – aquela que Dibai achou e ainda acha a mulher mais linda do planeta — aceitou o pedido dele de namoro. “Namoramos oito meses e estamos casados há 14 anos”, orgulha-se.
De gestor a referência dos valores da Azul
A história e desenvolvimento de Dibai na Azul se misturam à história e ao crescimento da própria companhia. Como gerente de aeroporto em Recife, ele começou liderando diretamente 25 pessoas. Depois, passou a gerente operacional, naquela que seria a vitrine da companhia, o primeiro hub da aérea, em Viracopos, Campinas (SP). Passou a responder por 140 Tripulantes. E por ali ficaria até conquistar, três anos e sete meses depois, o cargo de gerente geral de aeroporto.
Ao ter a possibilidade de cuidar da gestão geral de uma das maiores operações aeroportuárias da América Latina, e de liderar mais de 600 Tripulantes em rotinas operacionais e administrativas, Dibai foi responsável por elevar o hub à categoria de Melhor Aeroporto do Brasil – um título reforçado, algumas vezes, com premiações ao longo dos quase oito anos de atuação na gerência geral de VCP.
Na época, ele procurou aperfeiçoar seus conhecimentos práticos com um MBA de Gestão em Negócio com Ênfase em Transporte. “Isso me ajudou a desenvolver ainda mais o meu olhar de executivo no dia a dia”, lembra. Mas não foi só isso. Dibai ficou ainda mais à vontade para conduzir uma iniciativa que elevou o percentual da pesquisa interna e anual de Engajamento e Clima feita com os Tripulantes. VCP bateu o recorde entre as unidades da companhia, com 91% de índice de favorabilidade. “Com o nome VCP Mais Feliz, nós passamos a fazer uma única pergunta a cada um dos Tripulantes: ‘o que a gente ainda pode fazer para que você seja mais feliz aqui’. A maioria das respostas era de solicitações simples, envolvendo melhorias de processos e ambientes, por exemplo. E ainda que fossem mais complexas, não deixávamos de responder cada necessidade levantada, com nossas explicações para possível dificuldade de atendê-la no tempo esperado. Notamos que a sensação de estar sendo cuidado era mais importante para todos do que a realização do pedido”, explica.
Inovação, Consideração, Integridade, Excelência….os valores da Azul estavam sendo colocados em prática por suas ações, e Dibai passou a ser visto como referência da cultura da companhia. Um exemplo que ficou ainda mais visível para todos, quando em agosto de 2021, em plena pandemia, o executivo foi comandar a gerência de aeroportos no escritório principal, em Barueri – onde passou a cuidar diretamente de quase três mil Tripulantes.
Durante dois anos e quatro meses, além de ter implantado o mesmo modelo do VCP Mais Feliz na rotina de todas as diretorias de aeroportos, elevando de 86% para 91% o índice de satisfação dos Tripulantes na Pesquisa de Engajamento e Clima, sua forma de gestão o levou a um convite direto de Jason Ward, vice-presidente de Pessoas, Clientes e ESG. Agora, o desafio seria o de conectar todas as áreas da Azul e de levar suas experiências de cuidado e desenvolvimento pessoal e profissional, direta e indiretamente, para os mais de 15 mil Tripulantes da companhia.
“Com a Diretoria de Pessoas, a Azul me deu, mais uma vez, a oportunidade de trabalhar, e agora em uma escala ainda maior e mais estratégica, com a minha teoria dos dois ‘T’s, cuidando para que os Tripulantes continuassem sendo bem tratados e bem treinados. Hoje, cuido do RH e da nossa universidade corporativa, a UniAzul. Portanto, disponho de ferramentas e do apoio do nosso board para manter e ampliar um ambiente de trabalho que favoreça o bem-estar e a alta performance de cada Tripulante”, explica Dibai.
Uma das decisões mais importantes do novo diretor de Pessoas, em apenas dois meses no cargo, assumido em outubro deste ano, foi a assinatura do Movimento Raça é Prioridade, uma iniciativa do Pacto Global da ONU, em parceria com a ONU Mulheres – e que marca o compromisso da Azul de atingir a meta de 30% de Tripulantes negros em posições de liderança até 2025 e 50%, até 2030. “Faremos isso, conhecendo melhor os perfis de nossos Tripulantes, para saber onde precisamos priorizar nossas ações de inclusão, que irão envolver, por exemplo, parcerias com organizações sociais com foco em formar e desenvolver pessoas negras e ainda um plano de sucessão e mentoria feminina. O objetivo é tornar a Azul uma companhia aérea ainda mais diversa, inclusiva, acessível e equitativa para todos”, garante.
Sobre a Azul
A Azul S.A. (B3: AZUL4, NYSE: AZUL) é a maior companhia aérea do Brasil em número de voos e cidades atendidas, com mais de 900 voos diários, para mais de 150 destinos. Com uma frota operacional com mais de 160 aeronaves e mais de 15.000 Tripulantes, a Azul possui mais de 300 rotas diretas em voo regionais, domésticos e internacionais. Em 2022, a Azul foi eleita a companhia aérea mais pontual do mundo, segundo o relatório OnTime Performance-OTP Review da Cirium – a principal referência mundial de dados operacionais do setor. Além disso, em 2020, conquistou o prêmio de melhor companhia aérea do mundo pelo TripAdvisor Travelers’ C