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Tarifas flexíveis se consolidam em hotéis e locadoras de veículos

Os aplicativos de transporte e as companhias aéreas não estão mais sozinhas no uso das tarifas flexíveis. Nos últimos meses, hotéis e locadoras de veículos aderiram de vez à modalidade, na esteira do avanço do setor do turismo pós-pandemia. O movimento é um reflexo de mercado, já que os estabelecimentos hoteleiros estão cheios praticamente full-time, os pátios das locadoras estão quase vazios de carros e as pessoas estão sedentas por viagens após um longo tempo reclusas. O resultado é que a estratégia da tarifa variável se consolidou no mercado hoteleiro e de locação de automóveis.

O cenário é favorável para a recuperação do setor do turismo, muito impactado durante a crise sanitária. Mas o artifício dos preços flutuantes tem causado a ira de viajantes acostumados às tarifas escalonadas conforme a época do ano.

Por ora, baixa e média temporada deixaram de existir. Parece ser tudo alta, mesmo. E se pintar um show da Beyoncé na cidade que você pretende conhecer, pode estar certo de que os valores vão subir ainda mais. As companhias aéreas já sabem disso: o céu é o limite.

Alto número de eventos turbina as tarifas

Um fator que tem impulsionado essa política de preços atualmente é a alta no número de eventos e feiras nas principais cidades do Brasil, por conta do aumento da demanda pós-pandemia, o que tem dado espaço para tarifas mais altas. Nesse sentido, as cidades mais afetadas têm sido São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis, entre outras.

No caso das locadoras de veículos, além da questão dos eventos, quanto mais próximo da data da retirada do veículo, mais caro. Antigamente, elas trabalhavam com tarifa fixa por categoria de carro e sem influência de data. Esse padrão deixou de existir a partir da pandemia, por causa da falta de veículos decorrente dos cortes na cadeia de produção.

“As locadoras ficam com os carros por 10 mil a 20 mil quilômetros. Depois, elas os vendem como seminovos. Na pandemia, aconteceu que as montadoras não conseguiam entregar os carros, por falta de peças. Até hoje, muitas vezes não tem veículo disponível”, explica a gerente comercial da A1 Inteligência em Viagens, Dedra Freitas.

As locadoras chegaram a parar de trabalhar com aluguel mensal simplesmente porque não havia automóveis suficientes. Somente agora a cadeia de produção começa a se ajustar, mas os efeitos seguem presentes. Chegar atrasado à locadora, por exemplo, pode render uma bela dor de cabeça: por falta de estoque, o automóvel já foi alugado por outra pessoa.

O que pode ser feito agora

Diante desse cenário de preços mais voláteis, turistas e empresas estão tendo que rever seus planos de viagem, tanto no quesito antecedência quanto nos valores de diárias por cidade ou Estado. A sugestão da A1, especializada em viagens corporativas, é de que elas sejam marcadas o mais antecipadamente possível.

É fundamental também estar atento ao calendário de eventos nas principais cidades para que as empresas consigam ajustar suas agendas e evitarem viagens no período crítico.

Modelo não surgiu agora nem é definitivo

As tarifas dinâmicas existem há bastante tempo, mas eram limitadas à temporada de férias ou a feriados. Na hotelaria, a aplicação do novo modelo começou em 2008, porém, muitas redes não a utilizaram durante um longo período.

“O que está ocorrendo agora, e torna a tarifa dinâmica muito evidente, é que o volume de viagens está alto o ano todo, não há mais baixa temporada de viagens. Inverno na praia ou verão na Serra estão lotados como nunca. Aquela memória de pagar uma diária mais barata fora da temporada é afetada pela realidade de não existir mais baixa temporada”, analisa Daniel Schaurich de Oliveira, sócio e fundador da A1.

Daniel pondera, no entanto, que o aprofundamento do uso da tarifa dinâmica não significa que as políticas de preço nunca mais voltarão a ser como eram. “O mercado se ajusta de acordo com a demanda. Como há essa enorme demanda por carros, hotelaria e voos, com certeza haverá mais investimentos. Com isso, aumenta a concorrência e os preços tendem a diminuir. Mas isso não é da noite para o dia”, salienta.

Crédito da foto de Dedra Freitas: Carlos Macedo/ Divulgação

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