Airbus relata resultados do primeiro semestre de 2023

• 316 aeronaves comerciais entregues no primeiro semestre de 2023
• Receita de € 27,7 bilhões; EBIT ajustado de € 2,6 bilhões
• EBIT (reportado): € 1,9 bilhões; EPS (reportado): € 1,94
• Fluxo de caixa livre antes de F&A e financiamento aos clientes: € 1,6 bilhões
• Manutenção das diretrizes

Amsterdam, 27 de julho de 2023 – A Airbus SE (símbolo da bolsa de valores: AIR) relatou os resultados financeiros consolidados do primeiro semestre de 2023 (H1), encerrado em 30 de junho de 2023.

“Durante o primeiro semestre de 2023, progredimos bem em todas as nossas atividades num ambiente operacional que continua a ser complexo. Os nossos aviões comerciais têm uma forte procura, como demonstrado pelas mais de 800 encomendas anunciadas durante o Paris Air Show. Esta procura é impulsionada tanto pelo crescimento como pela substituição da frota, uma vez que as companhias aéreas investem em frotas mais eficientes em termos de combustível”, afirmou Guillaume Faury, Chief Executive Officer da Airbus. “Com base neste desempenho no primeiro semestre, mantemos a nossa orientação para o ano de 2023”.
Os pedidos brutos de aeronaves comerciais totalizaram 1.080 (1.º semestre de 2022: 442 aeronaves), com pedidos líquidos de 1.044 aeronaves após cancelamentos (1.º semestre de 2022: 259 aeronaves). A carteira de pedidos totalizou um recorde de 7.967 aeronaves comerciais no final de junho de 2023. A Airbus Helicopters registou 131 encomendas líquidas (H1 2022: 163 unidades) que foram bem distribuídas pelos programas e incluíram 19 H160s. A entrada de pedidos da Airbus Defence and Space em valor foi de € 6 bilhões (H1 2022: € 6,5 bilhões), incluindo 4 aeronaves A330 Multi Role Tanker Transport novas e 5 convertidas para o Canadá.

As receitas consolidadas aumentaram 11% em relação ao ano anterior para € 27,7 bilhões (H1 2022: € 24,8 bilhões). Um total de 316 aeronaves comerciais foram entregues (H1 2022: 297⁽¹⁾⁽²⁾ aeronaves), incluindo 25 A220s, 256 Família A320, 14 A330s e 21 A350s. As receitas geradas pelas atividades de aeronaves comerciais da Airbus aumentaram 16%, refletindo principalmente o maior número de entregas. As entregas da Airbus Helicopters aumentaram para 145 unidades (H1 2022: 115 unidades), impulsionadas principalmente pelo segmento de helicópteros leves. As receitas da divisão aumentaram 16%, refletindo principalmente um desempenho sólido em programas e serviços. As receitas da Airbus Defence and Space diminuíram 8%, principalmente devido a atrasos nos sistemas espaciais e na fase de entrega dos sistemas aéreos militares. Três aviões de transporte militar A400M foram entregues no primeiro semestre de 2023.
O EBIT Ajustado Consolidado – uma medida alternativa de desempenho e indicador-chave que captura a margem comercial subjacente, excluindo encargos materiais ou lucros causados por movimentos em provisões relacionadas com programas, reestruturações ou impactos cambiais, bem como ganhos/perdas de capital decorrentes da alienação e aquisição de negócios – foi de € 2,618 milhões (1.º semestre de 2022: € 2,645 milhões).

O EBIT Ajustado relacionado às atividades de aeronaves comerciais da Airbus ficou praticamente estável em 2,256 milhões de euros (H1 2022: € 2,276 milhões). O efeito positivo do aumento das entregas, apoiado por uma taxa de cobertura mais favorável, foi parcialmente reduzido pelos investimentos de preparação para o futuro. O primeiro semestre de 2022 incluiu o impacto positivo não recorrente das obrigações de reforma, parcialmente compensado pelo impacto resultante das sanções internacionais contra a Rússia. No primeiro semestre de 2023, registaram-se novos progressos em questões relacionadas a compliance, permitindo a liberação de provisões.
O aumento da produção do programa A220 prossegue em direção a uma taxa de produção mensal de 14 aeronaves em meados da década. No programa da família A320, a produção está a progredir bem em direção à taxa anteriormente anunciada de 75 aeronaves por mês em 2026. Continuarão a ser feitos ajustes táticos ao planeamento da produção, conforme necessário, para cumprir este objetivo, que é agora o principal ponto de referência para a Empresa e a cadeia de abastecimento. A recente inauguração de uma nova linha de montagem final com capacidade para A321 em Toulouse é o mais recente marco concreto no desenvolvimento do sistema industrial global da Airbus. Relativo ao A321XLR, o programa de testes de voo está avançando no sentido da entrada em serviço prevista para o segundo trimestre de 2024.

Em relação aos aviões de grande porte, a Empresa continua a visar a taxa 4 para o A330 em 2024 e a taxa 9 para o A350 no final de 2025.
O EBIT ajustado da Airbus Helicopters aumentou para € 274 milhões (H1 2022: € 215 milhões), refletindo o sólido desempenho em programas e serviços. O primeiro semestre de 2022 também incluiu elementos não recorrentes positivos líquidos.

O EBIT ajustado da Airbus Defence and Space diminuiu para € 78 milhões (1.º semestre de 2022: € 155 milhões), refletindo principalmente a diminuição das receitas, bem como pressupostos atualizados em alguns contratos de longo prazo, consistentes com o ambiente difícil do negócio espacial da divisão. O primeiro semestre de 2022 também incluiu elementos não recorrentes positivos líquidos.

No programa A400M, prosseguem as atividades de desenvolvimento com objetivo de concluir o roteiro de capacidades revisto. As atividades de reacondicionamento estão progredindo em estreito alinhamento com o cliente. Não foi reconhecido qualquer outro impacto material líquido no primeiro semestre de 2023. Os riscos continuam a incidir sobre a qualificação das capacidades técnicas e dos custos associados, sobre a confiabilidade operacional das aeronaves, sobre as reduções de custos e sobre a garantia do volume global de acordo com a base de referência revista.
As despesas de P&D autofinanciadas consolidadas totalizaram € 1,431 milhões (1.º semestre de 2022: € 1,256 milhões).

O EBIT (reportado) consolidado totalizou € 1,887 milhões (1.º semestre de 2022: € 2,579 milhões), incluindo ajustamentos líquidos de € -731 milhões.
Estes ajustes compreendiam:

• € -651 milhões relacionados à diferença no pagamento no pré-fornecimento em dólares e à reavaliação do balanço, dos quais € -291 milhões foram no segundo trimestre. Este valor está principalmente relacionado com o impacto faseado decorrente da diferença entre a data da transação e a data de entrega;
• € -34 milhões relacionados com a transformação da aeroestruturas, dos quais € -25 milhões foram no segundo trimestre;
• € -46 milhões de outros custos, incluindo compliance, dos quais € -32 milhões foram no segundo trimestre.

O resultado financeiro foi de € 102 milhões (1.º semestre de 2022: € 107 milhões). Ele reflete principalmente um impacto positivo da reavaliação de determinados investimentos de capital, parcialmente compensado pelo resultado dos juros líquidos e pelos impactos negativos da reavaliação dos instrumentos financeiros. O lucro líquido consolidado ⁽³⁾ foi de € 1,526 milhões (1.º semestre de 2022: € 1,901 milhões), com um rendimento por ação reportado consolidado de € 1,94 (1.º semestre de 2022: € 2,42).

O fluxo de caixa livre consolidado antes de fusões e aquisições e financiamento aos clientes foi de € 1,574 milhões (1.º semestre de 2022: € 1,955 milhões), refletindo o progresso das entregas, bem como um aumento do inventário relacionado com o aumento contínuo dos programas. Inclui também um calendário favorável de recebimentos e pagamentos.
O fluxo de caixa livre consolidado foi de € 1,474 milhões (1.º semestre de 2022: € 1,646 milhões). A posição bruta de caixa situou-se em € 22,9 bilhões no final de junho de 2023 (final do exercício de 2022: € 23,6 bilhões), com uma posição de caixa líquida consolidada de € 9,1 bilhões (final do exercício de 2022: € 9,4 bilhões).
Outlook

Mantêm-se as orientações emitidas em fevereiro de 2023.

Como base para a sua orientação em 2023, a Airbus não prevê interrupções adicionais para a economia mundial, o tráfego aéreo, a cadeia de abastecimento, as operações internas da companhia e sua capacidade de fornecer produtos e serviços.
A orientação da Empresa para 2023 é anterior às fusões e aquisições.

Com base nisso, a Empresa tem como meta atingir em 2023 por volta de:

• 720 entregas de aviões comerciais;
• EBIT ajustado de € 6,0 bilhões;
• Fluxo de caixa livre antes de fusões e aquisições e financiamento de clientes de € 3,0 bilhões.

Airbus consolidada – Resultados do primeiro semestre (H1) 2023
(Valores em Euros)

Airbus consolidada – Resultados do segundo trimestre (Q2) de 2023 
(Valores em Euros)

As receitas do segundo trimestre de 2023 aumentaram 24%, refletindo principalmente mais entregas de aeronaves comerciais em comparação com o segundo trimestre de 2022.

O EBIT ajustado do segundo trimestre de 2023 aumentou 34%, refletindo principalmente o maior número de entregas de aeronaves comerciais, um impacto positivo ano a ano do hedge cambial e a liberação de provisões após o progresso feito em tópicos relacionados à compliance.
O EBIT reportado do segundo trimestre de 2023 foi de € 1,497 milhões, incluindo ajustes líquidos de € -348 milhões. Os ajustes líquidos do segundo trimestre de 2023 totalizaram € -232 milhões.
O resultado líquido⁽³⁾ no segundo trimestre de 2023 de € 1,060 milhões reflete principalmente o EBIT (reportado), € -47 milhões do resultado financeiro e € -436 milhões do imposto de renda.
EBIT (reportado) / Reconciliação de EBIT Ajustado
A tabela abaixo concilia o EBIT (relatado) com o EBIT Ajustado

Glossário

Notas de rodapé:

Após uma redução de duas aeronaves registradas anteriormente como vendidas em dezembro de 2021, para as quais a transferência não foi possível devido a sanções internacionais contra a Rússia.

Dois A350 entregues em arrendamento operacional sem reconhecimento de receita na entrega.

A Airbus SE continua a usar o termo Lucro/Perda Líquido. É idêntico ao Lucro/Prejuízo do período atribuível aos proprietários de patrimônio da controladora conforme definido pelas Normas IFRS

Declaração de Porto Seguro:

Este comunicado à imprensa inclui declarações prospectivas. Palavras como “antecipa”, “acredita”, “estima”, “espera”, “pretende”, “planeja”, “projeta”, “pode” e expressões semelhantes são usadas para identificar essas declarações prospectivas. Exemplos de declarações prospectivas incluem declarações feitas sobre estratégia, cronogramas de desenvolvimento e entrega, introdução de novos produtos e serviços e expectativas de mercado, bem como declarações sobre desempenho e perspectivas futuras. Por sua natureza, as declarações prospectivas envolvem risco e incerteza porque se referem a eventos e circunstâncias futuras e há muitos fatores que podem fazer com que os resultados e desenvolvimentos reais sejam materialmente diferentes daqueles expressos ou implícitos nessas declarações prospectivas.
Esses fatores incluem, mas não estão limitados a:

Mudanças nas condições econômicas, políticas ou de mercado gerais, incluindo a natureza cíclica de alguns dos negócios da Airbus;

• Interrupções significativas nas viagens aéreas (incluindo como resultado da propagação de doenças ou ataques terroristas);
  Flutuações nas taxas de câmbio, em particular entre o Euro e o Dólar Americano;
• A execução bem-sucedida de planos internos de desempenho, incluindo redução de custos e esforços de produtividade;
• Riscos de desempenho do produto, bem como riscos de desenvolvimento e gerenciamento de programas;
  Desempenho de clientes, fornecedores e subcontratados ou negociações contratuais, incluindo questões de financiamento;
• Concorrência e consolidação na indústria aeroespacial e de defesa;
• Disputas trabalhistas de negociação coletiva significativas;
• O resultado de processos políticos e legais, incluindo a disponibilidade de financiamento do governo para determinados programas e o tamanho dos orçamentos de aquisição de defesa e espaço;
  Custos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos;
• Riscos legais, financeiros e governamentais relacionados a transações internacionais;
• Processos legais e investigativos e outros riscos e incertezas econômicos, políticos e tecnológicos;
  Mudanças nas expectativas da sociedade e exigências regulatórias sobre mudanças climáticas;
• O impacto total da pandemia de COVID-19 e a consequente crise sanitária e económica;
• Agravamento de eventos geopolíticos adversos, incluindo a invasão da Ucrânia pela Rússia e a resultante imposição de restrições de controle de exportação e sanções internacionais, e aumento das tensões militares em todo o mundo.

Como resultado, os resultados reais da Airbus SE podem diferir materialmente dos planos, metas e expectativas estabelecidos em tais declarações prospectivas. Para obter mais informações sobre o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia, consulte também a nota 2 “Crise da Ucrânia” das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas IFRS Condensadas Não Auditadas da Airbus SE publicadas em 16 de fevereiro de 2023. Para obter mais informações sobre o impacto do Ambiente Macroeconômico, consulte também a nota 3 “Ambiente Macroeconômico” das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas IFRS Condensadas Não Auditadas da Airbus SE publicadas em 16 de fevereiro de 2023. Para obter mais informações sobre fatores que podem fazer com que os resultados futuros sejam diferentes de tais declarações prospectivas, consulte os relatórios anuais da Airbus SE, incluindo seu Relatório do Conselho de Administração, Documento de Registro Universal e os Fatores de Risco mais recentes. Qualquer declaração prospectiva contida neste comunicado à imprensa refere-se à data deste comunicado à imprensa. A Airbus SE não assume nenhuma obrigação de revisar ou atualizar publicamente quaisquer declarações prospectivas à luz de novas informações, eventos futuros ou outros.