Municípios selecionados receberão diagnóstico e consultoria técnica para estratégias de capacitação de gestores e desenvolvimento do turismo local
Recife (PE) é uma das cidades que já têm o certificado “DTI em Transformação”. Crédito: Bruno Lima/MTur Destinos
OMinistério do Turismo (MTur) divulgou nesta terça-feira (09.05) a lista com municípios habilitados a fazerem parte da estratégia de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI). O objetivo da iniciativa é oferecer aos selecionados consultoria para realizar diagnóstico e auxiliar na construção de um plano de transformação, bem como apoiar no planejamento de um sistema de gestão de Destinos Turísticos Inteligentes.
Ao todo, 42 municípios foram habilitados nesta primeira etapa classificatória e, a partir daí, serão escolhidos 10 para participarem da estratégia. Os destinos não selecionados têm até o dia 12 de maio para encaminhamento de recurso administrativo, que será analisado pela Comissão, que contou com integrantes do MTur, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A divulgação final da primeira etapa ocorrerá no dia 17 de maio, momento em que será iniciada a fase de análise dos documentos classificatórios. Os destinos classificados serão anunciados preliminarmente no dia 26 de maio e o resultado final do edital, com o anúncio dos dez classificados, será realizado no dia 7 de junho de 2023.
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“O DTI é uma ação que transformará realidades, conferindo mais competitividade aos nossos destinos por meio do fortalecimento de eixos estruturantes que se relacionam com o turismo, como acessibilidade, sustentabilidade e inovação. É mais investimento no turismo do nosso Brasil”, destaca a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.
As cidades que integrarão o projeto que visa transformá-las em DTIs vão passar por um diagnóstico que apontará uma estratégia para o desenvolvimento do turismo local, além da capacitação de gestores locais do setor. Os municípios definirão os seus cronogramas de implantação com base nos resultados da avaliação realizada e de acordo com as principais necessidades e possibilidades de cada um. O trabalho desenvolvido segue nove pilares: Governança; Inovação; Tecnologia; Sustentabilidade; Acessibilidade; Promoção e Marketing; Segurança; Mobilidade e Transporte; e Criatividade.
Para participar da estratégia, os municípios deveriam estar nas categorias A e B do Mapa do Turismo Brasileiro de 2022, do Programa de Regionalização do Turismo. Além disso, deveriam ser entregues cinco documentos obrigatórios para a sua habilitação, sendo eles: formulário de inscrição no projeto “Estratégia Nacional DTI Brasil”; planejamento Estratégico de Turismo do Órgão Gestor; carta de compromisso assinada pelo prefeito do município inscrito como proponente, com estabelecimento do órgão gestor; relação das organizações que prestam serviços turísticos existentes no município cadastradas no Cadastur, bem como quaisquer instituições relevantes para o sistema de gestão do DTI (Matriz de Partes Interessadas); e documento que determine geograficamente o território de atuação do DTI (ex.: bairro(s), centro histórico, distrito, município completo).
O acompanhamento e a avaliação do Projeto serão realizados por técnicos do MTur, junto a consultores do Instituto Ciudades del Futuro, que visitarão os municípios selecionados, verificando o andamento do projeto e emitindo, ao final do mesmo, um relatório conclusivo.
RECONHECIMENTO – Os destinos selecionados receberão o certificado de “DTI em Transformação”, o que não significa que sejam destinos turísticos inteligentes, mas que estão no caminho para essa transformação. Portanto, o município precisa estar ciente de que somente se comprometendo a executar as ações estipuladas é que poderá ser reconhecido como um Destino Turístico Inteligente.
ETAPAS – Após a habilitação, a estratégia se dividirá em dois ciclos: o primeiro realizará um diagnóstico e um planejamento, onde é conhecida a situação em que a cidade se encontra, sendo o ponto de partida para o desenho de um Plano de Transformação que vai apoiar o município a transformar-se, de fato, em um destino turístico inteligente.
A segunda etapa será a execução das ações contidas no Plano para que o município consiga o Selo DTI Brasil, que pode ser obtido após o destino passar por uma auditoria realizada por técnicos do Ministério do Turismo junto a um ou mais representantes do Instituto Ciudades del Futuro – parceiro do MTur nesta iniciativa. A partir daí, a cidade entra em um processo de melhoria contínua, ampliando sua capacidade de enfrentar novos desafios sociais, políticos, tecnológicos e econômicos.
DTI – Um Destino Turístico Inteligente é aquele que gerencia seus processos e seu território de forma inovadora e sustentável, comprometido com pilares que impactam positivamente a qualidade de vida dos moradores e a experiência dos turistas. Além disso, para fazer parte dos Destinos Inteligentes o município precisa se esforçar em resolver problemas de áreas como segurança, acessibilidade, infraestrutura, comunicação, marketing, entre outras, de forma inovadora e com o uso de tecnologias.
Esta é segunda edição do Projeto, que já foi realizado como projeto-piloto e selecionou 10 destinos: Brasília/DF e Campo Grande/MT (Centro-Oeste): Recife/PE e Salvador/BA (Nordeste); Rio de Janeiro/RJ e Angra dos Reis/RJ (Sudeste); Florianópolis/SC e Curitiba/PR (Sul); Rio Branco/AC e Palmas/TO (Norte). Todos receberam certificados de “DTI em Transformação”.
Os municípios participantes do projeto-piloto foram selecionados a partir de critérios como conectividade, disponibilização de internet pública gratuita e índices de empreendedorismo e de desenvolvimento humano, entre outros quesitos.
Além disso, o MTur, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Instituto Ciudades del Futuro (ICF), da Argentina, lançaram o Catálogo de Soluções Tecnológicas para Destinos Turísticos Inteligentes (DTI), um documento que reúne inovações tecnológicas na área de turismo desenvolvidas por micro e pequenas empresas, startups e órgãos públicos. O objetivo do catálogo é facilitar o acesso de gestores a soluções que auxiliem os destinos nacionais na melhora da competitividade turística.