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sábado, novembro 23, 2024
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Lisboa tem custo de vida elevado para brasileiros morarem e especialista esclarece o que considerar antes de definir a região

“Nas despesas, entram muitos custos, inclusive com moradia, deve-se analisar que residir nas áreas centrais pode ser mais caro, mas é preciso considerar outros gastos para ver se compensa morar no interior”, afirma

Lisboa é uma cidade que cada vez recebe mais estrangeiros, especialmente brasileiros. Segundo dados do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), Portugal contabilizou um recorde de 252 mil brasileiros residindo de maneira regular no país neste ano. Desses, 78 mil estão em Lisboa.

Residir na capital normalmente costuma ter um custo mais elevado. “Em Lisboa, o custo médio sofre um aumento constante, o que tem feito muitos brasileiros trocarem a capital por cidades do interior”, comenta o advogado Maurício Gonçalves, do Canal Cidadania Portuguesa. Ele está em Portugal há mais de duas décadas atuando nos setores de imigração e nacionalidade portuguesa.

De 2011 a 2021, sete outros distritos de Portugal, como Braga, Beja, Castelo Branco, Porto, Viana do Castelo, Bragança e Leiria resultaram um aumento no número de imigrantes proporcionalmente maior que Lisboa. Braga ficou em primeiro lugar, com uma variação de 132% já que em 2011, havia 10.174 estrangeiros residentes e em 2021, 23.619.

O valor do aluguel está custando aproximadamente 900 euros, o equivalente a quase R$ 5 mil, em Lisboa. A Confidencial Imobiliário no Índice de Rendas Residenciais apurou que o preço dos aluguéis registrou um crescimento trimestral de 10% no período de julho a setembro.

Devido ao valor elevado e pelo fato de os brasileiros em Portugal não terem condições de pagar um aluguel a esse custo, muitos têm optado por morar com conhecidos, em quartos ou alojamentos estudantis.

“Esse aumento está relacionado com a expansão do turismo em Portugal, que consequentemente afeta o setor imobiliário. Os gastos variam também de acordo com a família e com o estilo de vida. Os aluguéis, por exemplo, alteram conforme a quantidade de quartos. Quanto mais quartos, mais caro fica”, avalia o especialista.

Localização do imóvel

O especialista reforça que é comum as áreas centrais custarem mais caro. As regiões mais distantes podem ser mais econômicas em questão de moradia, mas podem não compensar em outros fatores.

Maurício Gonçalves, do Canal Cidadania Portuguesa, examina que um ponto importante é o da localização. Segundo ele, o imóvel deve se situar preferencialmente próximo a pontos de ônibus, metrô ou trem, que facilite a locomoção dos moradores sem necessitar de carro.

“Uma grande vantagem é poder residir próximo ao local de trabalho, reduzindo gastos com transporte e o tempo necessário para deslocamento. Se nos arredores de sua casa existir um comércio razoável, a vida cotidiana pode ser bem mais simples”, complementa.

Mercados, farmácias, cabeleireiros, cafés e restaurantes facilitam bastante a vida de quem não tem muito tempo disponível durante a semana.

“Analisados todos esses detalhes, saiba que compensa investir um pouco mais de dinheiro. Vale a pena ter um pouco mais de estrutura próximo de sua casa do que morar em um lugar aparentemente interessante em decorrência do baixo custo, mas que seja frio no inverno, distante dos meios de transporte e sem comércios e serviços essenciais por perto”, aconselha o advogado.

Gastos em Lisboa

Maurício afirma que muitos outros fatores devem ser levados em conta. Nas despesas, entram os custos com alimentação, transporte, lazer, contas de casa (energia, água, gás, internet), saúde, entre outros gastos do dia a dia.

Referente à alimentação, os valores são parecidos em outras cidades do país, mas no final, o custo vai depender do tipo de produto que for comprado e da sua marca. Para um casal que não tem filhos, a alimentação pode variar em torno de 300€ e 400€.

No caso dos transportes, tem os metrôs, ônibus e elétricos (bondinhos) que não são caros e o serviço ofertado é de qualidade. Pode ser pago um valor mensal fixo para usar quantas vezes quiser, ou optar pelo bilhete individual.

“É impossível definir quanto se gasta. Cada família tem hábitos, necessidades, níveis financeiros e até mesmo vícios diferentes. Tem que avaliar quais são os recursos essenciais que você gasta”, pontua o advogado especializado em imigração.

Sobre Maurício Gonçalves:

Maurício Gonçalves é advogado especialista em imigração e nacionalidade portuguesa. Reside e atua em Portugal há 22 anos. Tem vasta experiência em processos de nacionalidade portuguesa, homologações de divórcio, questões sucessórias, validação de diplomas e vistos diversos. Possui uma equipe preparada para lidar com qualquer demanda jurídica e notarial em Portugal.

Acesse:

https://instagram.com/cidadania.portuguesa

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