Evento virtual da Funai reúne representantes da fundação, do Ibama e de comunidades indígenas para debater o desenvolvimento sustentável da atividade
Benefícios do turismo responsável e a estruturação da atividade em áreas indígenas foram alguns dos temas abordados no workshop virtual de Turismo de Pesca Esportiva em Terras Indígenas, realizado nesta quinta-feira (28.04) pela Fundação Nacional do Índio (Funai). O evento reuniu técnicos da Funai, do Ministério do Turismo, do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e indígenas, entre outros, que debateram o desenvolvimento sustentável do segmento.
O ministro do Turismo, Carlos Brito, observa que avanços no ramo podem favorecer tanto as comunidades locais quanto a boa experiência do visitante. “O turismo responsável proporciona a geração de emprego e renda e, ao mesmo tempo, promove a valorização de ativos naturais e culturais, conciliando o desenvolvimento sustentável com a devida conservação da nossa rica biodiversidade e das tradições e conhecimentos dos povos indígenas”, enfatiza.
Durante o workshop, a coordenadora-geral de Turismo Responsável do Ministério do Turismo, Rafaela Lehmann, ressaltou o grande potencial do Brasil na área. “No pós-pandemia, as pessoas estão buscando o turismo em áreas naturais, um contato maior também com as culturas locais, o chamado turismo de experiência. Isso mostra que as nossas riquezas naturais e culturais têm um grande potencial para trabalharmos o turismo”, apontou.
Lehmann acrescentou que o MTur organiza um acordo de cooperação com a Funai para desenvolver o turismo de base comunitária em terras indígenas. “A gente vai atuar no aprimoramento de produtos turísticos e na qualificação de gestores. Vamos disseminar boas práticas para o desenvolvimento do turismo responsável em terras indígenas, além de executar ações de apoio à comercialização e à promoção de produtos e serviços”, adiantou.
REGRAS – Atualmente, iniciativas de turismo em áreas indígenas são disciplinadas pela Instrução Normativa Nº 03/2015 da Funai. Segundo a fundação, as comunidades têm autonomia para explorar projetos turísticos nos territórios, cabendo ao poder público monitorar e fiscalizar as atividades. As ações com fins turísticos são propostas mediante plano de visitação apresentado pelos próprios indígenas, suas comunidades ou organizações.