O setor de hoteleira vem se mobilizando em todo o mundo para aprofundar as discussões e encontrar as melhores formas de regulamentar a questão dos aluguéis de imóveis particulares de curto prazo. É consenso, em diversos países, que é necessário estabelecer regras comuns para todos que atuam no mercado de hospedagem e novas formas de comercialização, trazidas pelas plataformas on-line, como o AirBnb.
Com esse objetivo, a ABIH Nacional participará da próxima edição do ReformBnb que acontece em Barcelona, no dia 28 de abril. A primeira edição, ocorrida em novembro passado em Nova York, reuniu presidentes e diretores de diversas associações de hoteleiros de 31 cidades, de 22 países, entre eles, Estados Unidos, Austrália, Japão, Israel, Argentina, Canadá, Itália, Espanha, Portugal e França. O encontro é organizado por Philippe Villin, hoteleiro e membro fundador do Ahtop (Associação da Hotelaria Francesa), e Vijay Dandapani, presidente e CEO da Associação de Hotéis de Nova York.
No evento nos Estados Unidos, em 2018, o representante do setor hoteleiro francês apresentou os detalhes da regulamentação da atividade no seu país que já está em vigor desde o ano passado. “A lei francesa limita o número de noites no Airbnb em 120 por ano. O locatário também é obrigado a declarar quantas noites foram alugadas durante o ano à prefeitura. Se ele exceder esse número, se exporá a pesadas multas. Em outras capitais, como Londres ou Amsterdã, a limitação é de 60 dias e há uma exigência para que os locatários obtenham uma licença específica”, afirmou Philippe Villin. Para Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional, as experiências desses países podem ser uma referência para o mercado brasileiro.
Segundo Linhares encontros como esse são fundamentais para conhecer as experiências e soluções de outros países, além de mostrarem que o assunto está na pauta do setor de hotelaria em todo o mundo. “Já confirmamos a participação da hotelaria brasileira na edição de 2019. Vamos poder conhecer que medidas estão tomando outros países para regulamentar o setor em busca de melhores práticas, construindo um consenso global para coordenar ações mais efetivas e conjuntas em torno dessa questão”, explicou Linhares.