O Aeroporto Internacional de São Luís/Cunha Machado (MA) dá um importante passo na gestão sustentável da água. A implantação, em novembro, de um novo procedimento para a realização dos testes diários dos caminhões contra incêndio tem permitido a economia de 1,9 millitros por dia, o que seria suficiente para abastecer 4 famílias de 4 pessoas por dia. A infraestrutura é composta por uma caixa de concreto, que recebem os jatos de água que saem dos veículos. Essa caixa, interligada ao reservatório do terminal, é responsável pelo escoamento e evitar o desperdício.
Antes disso, a água potável usada nos testes da Seção Contra Incêndio (SCI) era descartada ao ar livre, no pátio, e seguia para o sistema de drenagem do aeroporto. A instalação da estrutura coloca o terminal maranhense no rol de aeroportos com reuso de água e que utilizam sistemas que contribuem para a redução do consumo do recurso hídrico. A expectativa é de que o tempo de retorno do investimento, que teve o custo de R$ 8 mil, seja inferior a um ano, se considerarmos a redução do custo com tratamento, energia, entre outros.
A superintendente do aeroporto, Tayse Brandão Figueiredo, explica que os testes diários dos caminhões são parte do protocolo de segurança do terminal e garantem a operacionalidade dos carros contra incêndio. “Essa atividade consome muita água e, se não houvesse o reaproveitamento, o desperdício seria elevado. Portanto, reutilizar é uma forma de controlar perdas, contribuindo de forma global para a redução do gasto e evidenciando a boa prática do consumo consciente do aeroporto”, avalia.
A gestora destaca, ainda, que a INFRAERO, baseada nas premissas da preservação dos recursos naturais, tem buscado promover a Responsabilidade Socioambiental, por meio de princípios e práticas que venham ao encontro do tema. “Dessa forma, com a adoção desse novo procedimento de reaproveitamento da água, a estatal vem cumprindo seu papel”, concluiu Tayse.
Sobre o aeroporto
O aeroporto da capital maranhense está localizado em uma região estratégica do estado, entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Até outubro de 2018, mais de 1,2 milhão de passageiros transitaram pelo terminal, que tem capacidade para receber até 5,1 milhões de pessoas. Operam regularmente no aeroporto três companhias aéreas: Latam, Gol e Azul, com 24 voos diários, cujos principais destinos são Recife (PE), Imperatriz (MA), Guarulhos (SP), Belém (PA), Brasília (DF), Confins (MG), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ).
A história do aeroporto teve início na década de 1940, quando uma pista de grama, com cerca de mil metros de comprimento, atendia à Base Aérea do Exército Brasileiro, sendo o único meio pelo qual a cidade dispunha para receber voos. Em 1943, em plena II Guerra Mundial, após vários acordos entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, foi instalada no local uma Base Aérea para servir de apoio ao Exército e à Marinha norte-americana. Três anos mais tarde, com o fim da guerra, as instalações foram entregues ao Ministério da Aeronáutica e, em 1974, a Infraero passou a administrar o terminal.