Nossos Hotéis aderem a utilização de canudo biodegradável
Antecipando a discussão sobre o uso de canudos plásticos, BHB e Actuall se mobilizam em prol da preservação do meio ambiente
Recentemente, o senado abriu uma votação online sobre proibição, em todo território brasileiro, de canudos e outros utensílios feito de polipropileno e poliestireno (plásticos) que podem ser substituídos por material biodegradável (papel). Isso porque a decomposição completa dos canudos de plásticos demora até 400 anos e quando descartados incorretamente podem chegar nos rios, no mar e ser engolidos por animais, conforme destaca Cláudio Gonçalves Tiago, professor de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (USP). Diante dessa polêmica e preocupados com a preservação do meio ambiente, a Nossos Hotéis, empresa criada por meio de uma parceria comercial entre o Actuall e o BHB, se anteciparam a essa discussão e já aderiram a utilização de canudos biodegradáveis.
Segundo o diretor do Actuall Convention Hotel, Jair Aguiar, por dia cada hotel descarta em média de 20 a 40 canudos. “Aparentemente inofensivo, os canudinhos plásticos viraram uma grande preocupação ambiental, tanto que algumas cidades brasileiras já adotaram leis municipais que proíbem sua utilização, como é o caso do Rio de Janeiro. Sendo assim, nosso ojetivo é antecipar a essa prática e trabalhar em prol de um consumo mais responsável, afinal cuidar do meio ambiente é um dever de todos e esse cuidado começa pelas pequenas coisas. Inclusive, indo além, estamos em busca de novas alternativas para substituir o material plástico utilizados pelos hotéis, principalmente na área de eventos.
Se antecipar a essa discussão é inserir e mobilizar as cidades de Belo Horizonte e Contagem no combate à poluição do meio ambiente,” diz.
Os canudos de plástico, que já foram proibidos em mais de dez países e em grandes cidades, como Vancouver, são o grande símbolo da poluição plástica que atinge os oceanos. Eles representam 4% de todo o lixo plástico do mundo, por isso entre alternativas para substituição estão também os comestíveis ou os reutilizáveis feitos vidro, aço ou silicone (laváveis).
Diogo Alves da Paixão, diretor do BHB, argumenta que o canudos de plásticos são mais utilizados no estabelecimentos por conta do custo, em média 13 vezes mais barato, mas que a longo prazo essa é uma economia que sairá muito cara para todos. “A batalha contra as sacolas de plástico, que começou há mais de uma década, ilustra os obstáculos que o canudo terá que enfrentar. No entanto, práticas cada vez mais sustentáveis é uma tendência mundial, mas não podemos esquecer das pessoas com mobilidade reduzida, por isso ainda vamos manter um estoque reduzido de canudos plásticos para suprir a lacuna de produção dos biodegradáveis com as extremidades dobráveis, mas sem nos esquecer de realizar a reciclagem correta”, explica.