Levantamento realizado pelo Euromonitor aponta os 100 principais destinos do mundo
Ao divulgar estudo produzido anualmente, durante a realização da WTM, a maior feira de turismo do mundo, o conceituado instituto Euromonitor confirmou que o Rio de Janeiro continua sendo o destino turístico mais visitado da América do Sul em 2017. Em termos de ranking no continente, o resultado foi o mesmo do ano passado. O total de visitantes internacionais, porém, será de 2,253 milhões, contra os 2,3 milhões apontados no estudo divulgado em 2016. Assim como no passado, o Rio continua sendo a única cidade brasileira a integrar a lista dos 100 destinos mais procurados do planeta. Buenos Aires e Lima são as outras cidades sul-americanas do ranking das 100 preferidas.
A preocupação com a zika e os problemas com segurança são apontados pelo Euromonitor como os motivos que levaram o Rio a descer cinco posições em um ano (de 88º para o 93º lugar). O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, acredita que com o movimento de reação que vem unindo os setores públicos das três esferas (federal, estadual e municipal) e o setor privado, haverá uma reação e o Rio tende a voltar a ser um destino com mais visitantes. Entre as ações pontuais ele destaca o calendário de eventos, que está sendo apresentado ao trade turístico, imprensa e público europeu em geral nesta semana em Londres.
“Há trinta anos, Miami estava muito decadente e a partir da fixação de um calendário, passou a ocupar um lugar no cenário do turismo mundial. Para o Rio de Janeiro esse calendário é fundamental. Se a segurança é um problema, vale destacar que durante os grandes eventos que aconteceram nesses últimos dez anos, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, assim como nos que ocorrem regularmente, como Carnaval e Ano Novo ou Rock in Rio, não houve problemas”, ponderou Lummertz.
O presidente da Embratur foi além. Para ele, se as reformas previstas para acontecerem no setor do turismo nos próximos meses forem confirmadas, não só o Rio de Janeiro, mas outros destinos do Brasil podem ter um grande crescimento. Ele se refere à aprovação, pelo Congresso, da nova Lei Geral do Turismo, do projeto que propõe abertura do capital das empresas aéreas a estrangeiros e o que trata da transformação da Embratur em serviço social autônomo.
“Os outros países que concorrem conosco investem muito mais que nós. Como autarquia, estamos engessados. Como uma agência, teremos mais flexibilidade e acesso a outros recursos, melhorando nossa competitividade. Assim teremos como ajudar o Rio não só a recuperar posições, como alcançar novos patamares. O mesmo deverá acontecer com outros destinos turísticos importantes do país”, emendou Lummertz.