O Aeroporto de Petrolina/Senador Nilo Coelho (PE) completa 36 anos de operações neste sábado (28/10). Localizado a 12 quilômetros do centro da cidade, o aeroporto possui um dos maiores terminais de logística de cargas refrigeradas do país.
Entre janeiro e agosto deste ano, foram exportadas a partir do complexo logístico 1.738,4 toneladas de cargas, um crescimento de cerca de 31% em relação às 1.330,1t processadas no mesmo intervalo de 2016. Os produtos enviados para o exterior são exclusivamente frutas, em sua maioria manga, uva e mamão procedentes do Vale do São Francisco, consagrando a região como a maior exportadora de manga e uva do Brasil, com percentuais acima de 90% para cada uma.
Há mais de um ano à frente da administração do terminal, em sua segunda gestão, o superintendente Moyses Barbosa assegura que o crescimento das taxas de exportação são resultado de um trabalho conjunto entre funcionários da estatal e concessionários. “Estamos sempre buscando soluções práticas e atrativas para nossos clientes e usuários. Esse cenário nos dá muita satisfação, e é com índices de crescimento nos nossos serviços aeroportuários que celebramos mais um aniversário”, avalia Moyses Barbosa.
O terminal petrolinense também recebeu neste ano a certificação operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O documento atesta a capacidade operacional e o funcionamento do terminal de acordo com as normas de segurança e excelência estabelecidos pelos órgãos da aviação civil nacional e internacional, ampliando as operações do terminal, como o recebimento de aeronaves maiores.
Após a certificação da Anac, pousou pela primeira vez no aeroporto uma aeronave cargueira B747-8F com capacidade para transportar até 136 toneladas. Proveniente de Luxemburgo e com destino a Acra, capital de Gana, a operação extra, da empresa aérea Cargolux, atendeu à demanda da exportação de mangas da região do Vale do São Francisco no pico da safra. Além do voo regular semanal da empresa, está prevista a realização de outros voos extras até o mês de dezembro para o escoamento da safra de frutas da região.
A área total do sítio aeroportuário é de 4 milhões de m², incluindo a pista com 3.250m x 45m e estacionamento com 70 vagas fixas e aproximadamente 300 provisórias. O terminal funciona 24 horas e tem média diária de seis pousos e decolagens comerciais regulares de três companhias aéreas (Avianca, Azul e GOL) com destino a Campinas (SP), Guarulhos (SP), Recife (PE) e Salvador (BA).
Além disso, passageiros que utilizam o terminal contam com lanchonetes, loja de vinhos e artesanato, locadoras de veículos, caixas eletrônicos, posto da Empresa de Turismo de Pernambuco, fraldário e também banheiros com box acessível a pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção. Até setembro, passaram pelo aeroporto 363.309 pessoas, entre embarques e desembarques. Um aumento de mais de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 329.573 passageiros.
Para o superintendente do aeroporto, Moyses Barbosa, esse aumento de pessoas circulando pelo terminal e também a ampliação do transporte de cargas mostra que o aeroporto está preparado para atender às demandas, principalmente as de exportação de frutas da região. “Conseguimos contribuir com o aquecimento da economia do São Francisco, ainda mais operando com essa aeronave de grande porte, nos tornamos uma das principais portas de exportação internacional. Com isso temos um papel fundamental no desenvolvimento de Pernambuco “, explicou.
História
O terminal foi construído pela prefeitura com o intuito de apoiar o Correio Aéreo Militar, que, em fevereiro de 1933, fez sua primeira aterrissagem no aeroporto. Com o avanço do processo de urbanização, houve a necessidade, por questões operacionais e de segurança, de se mudar o local do terminal. Em virtude do potencial socioeconômico da região, motivou-se a construção de um novo aeroporto de grande porte, que teve seu projeto elaborado em 1974 pelo II Comar (Comando Aéreo Regional) e a Comara (Comissão de Aeroportos da Região Amazônica). E em 1981 passou a fazer parte da Rede Infraero. Em 2002, ganhou o atual nome em homenagem ao político petrolinense, que foi secretário estadual de Fazenda; deputado estadual e federal; governador e senador por Pernambuco.