Nesta quarta-feira, 22 de março, é celebrado o Dia Mundial da Água. Com o objetivo de cumprir seu papel como empresa sustentável, a Infraero tem adotado soluções para o uso adequado e o reaproveitamento dos recursos hídricos em diversos aeroportos.
Ao todo, dezesseis terminais da Rede já utilizam técnicas de reuso da água com o propósito de reduzir os gastos e preservar os recursos hídricos. Essas ações geram, atualmente, uma economia anual de 40 mil m³, o suficiente para abastecer uma cidade com 4 mil residências , por um mês inteiro, por exemplo.
De 2014 a 2016, a empresa reduziu o consumo anual de água de 2.50.216 m³ para 2.152.545, uma economia de 12,4%. Já o gasto médio por passageiro passou de 22 para 20 litros de água por ano.
Uma das principais ações utilizadas na Infraero é o aproveitamento de água de chuva, como no Aeroporto Santos Dumont, onde cerca de 10 mil m³ de água de chuva são usados anualmente para suprir boa parte da demanda das bacias sanitárias daquele aeroporto. A água da chuva também é coletada nos aeroportos de Cruzeiro do Sul (AC), Goiânia (GO), Campina Grande (PB), São José dos Campos (SP), Belém (PA), Congonhas (SP) e Uruguaiana (RS), e utilizada tanto nas bacias sanitárias como em reservas técnicas de incêndio nas edificações, ou ainda nos testes diários dos Caminhões de Combate a Incêndio (CCIs).
No Aeroporto de Goiânia/Santa Genoveva, além da água da chuva, também é feito o reuso de águas cinzas, que são os descartes gerados nas pias, bebedouros e chuveiros e que não sejam provenientes de sanitários, onde há contaminantes biológicos, que exigem outro tipo de tratamento. Para isso, o terminal conta com uma ETR – Estação de Tratamento e Reuso de águas pluviais e de águas cinzas, que foi entregue junto com o novo terminal de passageiros, em maio de 2016, e, após a fase de operação assistida, entrou em pleno funcionamento em novembro do ano passado.
O novo terminal de passageiros do Aeroporto de Vitória/Eurico Aguiar Salles (ES), que tem previsão de conclusão em setembro, também será entregue com uma ETR para tratamento de água da chuva e águas cinzas. “A Infraero aproveita as oportunidades, tais como grandes obras ou pequenas reformas, para implantar as soluções, baseada nos documentos de referência ambiental existentes na empresa e que visam a boa prática de reaproveitamento de águas de diversas origens para fins não potáveis”, afirma o superintendente de Meio Ambiente da Infraero, Fued Abrão Junior.
O reuso da água é uma das ações realizadas pela Infraero para o consumo consciente dos recursos naturais, mas a empresa também investe em outras iniciativas, como o sistema de esgoto a vácuo para bacias sanitárias, que contribuem para a redução de consumo de água. É o caso do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freire (PE), onde há 15 anos é feito o reuso da água que pingaria do sistema de ar condicionado (água de condensação) e que é suficiente para abastecer, com folga, 100% das bacias sanitárias do terminal de passageiros e do edifício garagem. Estima-se que nesse período a economia tenha atingido cerca de 42 mil m³ de água.
O aeroporto pernambucano também integra a lista de aeroportos que executam, com sucesso, outra ação de reaproveitamento: o reuso da água utilizada nos testes diários dos Caminhões de Combate a Incêndio que integram a Seção Contra Incêndio do aeroporto. Essa iniciativa não somente permite uma economia financeira, mas também o cuidado com o meio ambiente.
O pioneiro na utilização desta ação foi o Aeroporto de Campina Grande/Presidente João Suassuna (PB), que desenvolveu a solução hoje utilizada também em Marabá (PA), Aracaju (SE), Foz do Iguaçu (PR), Juazeiro do Norte CE), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), além de Recife. O aeroporto paraibano é uma referência na Rede Infraero. “Desde 2012, por meio do aproveitamento de água de chuva, reuso da água dos testes dos Caminhões de Combate Contra Incêndio, instalação de torneiras economizadoras e outras ações, o Aeroporto de Campina Grande reduziu em cerca de 77% o seu consumo anual”, comenta Fued.