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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Igreja do Rosário dos Pretos lota na última terça-feira do ano

A última terça-feira do ano (27) levou baianos e turistas à igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, que ficou lotada para a missa dedicada a Santo Antônio de Categeró. Com cânticos católicos entoados pelo público e acompanhamento de instrumentos de percussão, a celebração católica é um dos ícones do turismo religioso na Bahia. As missas em louvor ao santo são celebradas todas as terças-feiras, sempre às 18h.

O dia foi de agradecer e pedir a intercessão do santo nascido na África, no final do século XV, para novas conquistas no próximo ano. Próximo ao altar, o secretário de Turismo do Estado, José Alves, acompanhou a missa ao lado do titular da pasta da Cultura, Jorge Portugal. “Esta celebração é única. Aqui se vê como a igreja valoriza a cultura afro-brasileira na música e na forma de acolher os visitantes e amigos da irmandade católica que tem 330 anos de história”, disse Alves após a celebração.

Além das orações, também chamam a atenção do público o ritmo das músicas e a liberdade para acompanhar a missa com palmas e dança. Um dos momentos mais esperados da celebração é o do ofertório, quando integrantes da irmandade do Rosário dos Pretos levam ao altar cestos com pães que serão abençoados pelo padre Lázaro Muniz e distribuídos para os mais necessitados. As dezenas de cestas preenchem a frente do altar e simbolizam a caridade dos irmãos do Rosário dos Pretos.

História e características – Foram quase 100 anos de luta e muito trabalho para que os negros escravos e alforriados convertidos à fé católica pudessem ver, erguida no Pelourinho, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, sede da Irmandade que leva o mesmo nome. No início do século XVIII, entre 1703 e 1704, os membros da congregação deram início à construção da capela às Portas do Carmo, local onde hoje se encontra o Pelourinho. Mas a capela somente ficou pronta em 1781.

Tombado em junho de 1938, pelo então Serviço do Patrimônio Histórico Nacional (SPHAN), o templo mescla os estilos barroco, rococó e neoclássico. A ala central (nave) tem piso todo em mármore e muitas paredes são revestidas de azulejos portugueses que revelam aspectos da vida de São Domingos, o instituidor da devoção do Rosário. As pinturas do teto são atribuídas a José Joaquim da Rocha.

No altar-mor, o grande destaque é a imagem de Nossa Senhora do Rosário esculpida em madeira no século XVII. Nos altares secundários, os santos negros ganham destaque com a presença de imagens de São Benedito, Santo Antônio de Categeró e Santa Efigênia.

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