No clima das Paralimpíadas Rio 2016, a Infraero, primeira empresa a abraçar os atletas e paratletas do judô brasileiro, e a Agência3 lançam nesta segunda-feira (5/9) o vídeo de uma luta entre dois judocas, um com e outro sem deficiência.
Inspirada na caminhada de desafios e superações para todos, a campanha mostra como seria o confronto entre os dois judocas em igualdade de condições.
“A intenção é destacar a rotina de preparação, de busca pelo aprimoramento e pela perfeição em suas atividades, seja na rotina de um atleta ou de um para atleta”, afirma o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira.
Com essa campanha, a Infraero pretende destacar a garra e a determinação do judô de cegos do Brasil, responsável por 18 medalhas paraolímpicas, sendo quatro ouros, cinco pratas e nove bronzes, e que nos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 buscarão novos desafios e conquistas.
Como é o judô paraolímpico?
Assim como no judô olímpico, o judô paralímpico tem disputas divididas por categorias de peso com classificações por grau de deficiência visual, seja no masculino ou no feminino. São três classificações, todas começam com a letra B (de Blind, que é “cego” em inglês).
B1 – Cego total: de nenhuma percepção em ambos os olhos até a percepção de luz, com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção;
B2 – Lutadores que têm a percepção de vultos, com capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a cinco graus;
B3 – Lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre cinco e 20 graus.
Judocas das três categorias oftalmológicas, B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem) podem lutar entre si e o atleta B1 é identificado com um círculo vermelho em cada ombro do quimono.
Poucos aspectos diferem do judô convencional. São eles: os atletas iniciam a luta com a pegada feita (um segurando no quimono do outro), a luta é interrompida quando os oponentes perdem o contato e não há punições para quem sai da área de combate.
O sistema de pontuação é igual ao olímpico e sua prática pode ser feita entre atletas cegos e não-cegos.
A Infraero e o Judô
Primeira empresa a abraçar o judô brasileiro, a Infraero é patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Desportos dos Deficientes Visuais (CBDV), cujo apoio é direcionado à Seleção Paraolímpica Brasileira de Judô. A empresa também da patrocina a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) desde 2005.